Roman Protasevich, membro da organização Nexta reconhecida na Bielorrússia como terrorista, disse na segunda-feira que foi perdoado. “Literalmente, acabei de assinar todos os documentos relevantes afirmando que fui perdoado. Isso, é claro, é uma ótima notícia”, disse ele à agência de notícias BelTA .
Protasevich disse que o decreto de perdão foi assinado pelo presidente em 16 de maio. “O presidente assinou o decreto correspondente em 16 de maio. Sou extremamente grato ao país e, claro, pessoalmente ao presidente por tal decisão. Espero que isso só melhore no futuro”, disse ele. Uma gravação em vídeo de suas declarações foi publicada no canal Telegram da agência Minsk-Novosti.
Em 3 de maio, o Tribunal Regional de Minsk condenou Protasevich a oito anos de prisão a serem cumpridos em uma colônia penal. Então o tribunal decidiu deixar Protasevich em prisão domiciliar até que o veredicto entre em vigor. A defesa não recorreu da decisão do tribunal. Em 18 de maio, a agência russa TASS foi informada no Tribunal Regional de Minsk que o veredicto havia entrado em vigor.
Além disso, como resultado deste julgamento, o tribunal condenou os representantes da Nexta Stepan Putilo e Yan Rudik à revelia a 20 e 19 anos de prisão, respectivamente.
Voo da Ryanair
Protasevich foi detido em Minsk em 23 de maio de 2021, junto com a russa Sofya Sapega, depois que um avião da Ryanair em rota de Atenas para Vilnius fez um pouso de emergência no aeroporto de Minsk devido a relatos de um dispositivo explosivo a bordo, que depois foi confirmado como sendo uma denúncia falsa.
Na época, o caso ganhou enorme repercussão na imprensa internacional, já que o procedimento padrão da aviação previa um desvio da aeronave ao aeroporto mais próximo, no entanto, um caça bielorrusso teria sido acionado para escoltar o jato da Ryanair até Minsk, onde o ativista foi detido.
