Passageiro consumiu maconha antes de “ver coisas” e fazer ameaça de bomba durante voo

Processado após agredir uma comissária de voo e ameaçar a segurança da aeronave em que estava, um cidadão norte-americano está alegando que seu comportamento pode ter sido motivado pelo consumo de uma barra de chocolate carregada de cannabis (planta da maconha) durante o voo entre São Francisco e Cingapura.

Como reporta o Straits Times, um advogado que representa o passageiro de 37 anos disse a um tribunal de Cingapura que seu cliente havia consumido a barra de chocolate pouco antes de embarcar. No entanto, ainda está sendo analisado se isso teve contribuição para o comportamento agressivo a bordo.

No início desta semana, o rapaz foi condenado a três semanas de prisão por agredir uma comissária, embora o tribunal tenha decidido dar-lhe a liberdade condicional porque já havia passado quatro semanas desde sua prisão preventiva, iniciada logo após o incidente de 28 de setembro.

O passageiro disse aos promotores que durante o voo ele teve uma visão de “uma luz branca em um dos compartimentos superiores e ouviu a voz em sua cabeça dizendo que a bomba estava em uma bolsa naquele compartimento superior”. Ele saiu de seu assento, abriu um bin cerca de quatro fileiras na frente e removeu a bolsa de outro passageiro enquanto gritava pelo menos duas vezes que havia uma bomba a bordo da aeronave.

Os comissários de bordo verificaram a mala e descobriram que havia apenas comida dentro, mas ele insistiu que a tripulação verificasse todas as malas a bordo. Ele foi escoltado para a cozinha na parte de trás do avião, onde seu comportamento se tornou cada vez mais errático e ele deu um tapa no rosto de uma comissária de bordo.

O Ministério da Defesa de Cingapura enviou caças F-16 em resposta à ameaça de bomba e, depois que o voo pousou com segurança, foi rebocado para uma área isolada do aeroporto, onde militares embarcaram para procurar uma bomba.

O jovem foi então diagnosticado com esquizofrenia durante seu tempo na prisão preventiva e foi considerado um perigo para o público. Ele deve ser deportado de volta para os Estados Unidos. O tribunal decidiu retirar as acusações de ameaça de bomba depois de dar ao rapaz o que chamou de “repreensão severa”.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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