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Passageiro deficiente alega que ficou gravemente ferido após ser forçado a descer de avião sem ajuda

Um passageiro deficiente da Lufthansa ficou gravemente ferido após alegadamente ter sido forçado a descer uma escada de avião sem assistência, de acordo com um processo em trâmite em um tribunal distrital da Flórida. O incidente aconteceu quando o avião chegou a um portão remoto, afastado do terminal.

Segundo relata o site PYOK, que acessou os autos do proceso, Carlo Trimboli, cidadão americano de 70 anos de Ocala, foi forçado a atravessar a dor excruciante e uma infecção sanguínea após cair da escada do avião e rasgar um ferimento prévio em seu pé que havia sido suturado.

Curiosamente, a Lufthansa havia providenciado um ambulift especial para o embarque e desembarque de passageiros deficientes. No entanto, Trimboli só notou o dispositivo sendo levado até o avião após já ter caído da escada. Acredita-se que os pilotos tenham pedido o veículo especial sem informar os comissários de voo que instruíram o passageiro a usar as escadas normais.

O acidente ocorreu no ano passado, enquanto Trimboli voava de Milão para Orlando, com uma curta escala em Frankfurt. O avião não tinha uma ponte de embarque disponível após aterrissar em Frankfurt, ao invés disso, escadas foram colocadas ao lado para o desembarque do passageiros.

Trimboli conta que, após informar a um dos comissários de bordo que não conseguia descer as escadas e que precisava de uma cadeira de rodas, foi-lhe dito que as escadas eram “a única maneira de desembarcar do avião“. Ainda lhe pediram para acelerar o passo, alegando que estava atrapalhando os outros passageiros, sem oferecer qualquer assistência a ele.

Após o incidente com as escadas, Carlo Trimboli conseguiu embarcar no ônibus mesmo machucado, mas ao chegar ao terminal, descobriu que teria que subir outra escada para chegar ao nível de partida. Novamente, não havia pessoal para auxiliá-lo, motivo pelo qual foi socorrido por soldados americanos que estavam presentes.

Mesmo na área de partida, Trimboli relata que a equipe da Lufthansa inicialmente recusou-se a fornecer uma cadeira de rodas, por conta de sua conexão com um voo operado pela subsidiária da Lufthansa, a Eurowings.

Carlo Trimboli está processando a companhia aérea sob as disposições da Convenção de Montreal, que coloca responsabilidade estrita sobre as companhias aéreas por lesões sofridas pelos passageiros durante a viagem de voos internacionais.

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Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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