A companhia aérea norte-americana American Airlines está enfrentando uma ação judicial movida pela família de um passageiro que sofreu um ataque cardíaco e morreu a bordo de um voo. Segundo a família, o passageiro morreu porque supostamente a aeronave não estava equipado com um desfibrilador funcional.
A ação que está sendo movida em um tribunal distrital de Nova Iorque alega que a American Airlines “apressou a morte prematura de Kevin Ismael Greenidge devido à negligência em manter o desfibrilador em funcionamento”.
De acordo com o processo, visto pela equipe do site PYOK, a família está buscando uma quantia não especificada publicamente em compensação por negligência grave que levou à morte, bem como danos morais e uma reivindicação sob a Convenção de Montreal, que responsabiliza as companhias aéreas quando um passageiro é ferido ou morto.
O caso, segundo informações dos documentos judiciais, ocorreu durante o voo AA-614, que realizava o trecho entre San Pedro Sula, em Honduras, e Miami, nos Estados Unidos, em 4 de junho de 2022. Logo após a decolagem, Kevin Greenidge sofreu um aparente ataque cardíaco, seguido de uma parada cardíaca que o deixou inconsciente.
Os comissários de bordo tentaram reanimar o passageiro e tentaram usar um desfibrilador externo automático (DEA), mas a família alegou que o equipamento não funcionou porque a bateria estava descarregada. Além da falha no equipamento, a família ainda acusa a companhia aérea de não treinar seus comissários de bordo em técnicas básicas de ressuscitação.
De acordo com os registros de voo, o Boeing 737 MAX desviou para Cancun, no México, onde pousou cerca de uma hora após a partida, mas Greenidge não pôde ser salvo.
Os regulamentos federais estipulam que o DEA a bordo deve ser verificado regularmente para garantir que esteja funcionando corretamente. Se não estiver funcionando, um voo não pode partir até que um substituto seja encontrado. Se o DEA foi usado em um voo anterior, a companhia aérea deve ter uma bateria sobressalente e almofadas torácicas para garantir que o equipamento possa ser usado no próximo voo.
A Administração Federal de Aviação (FAA) exige que as companhias aéreas comerciais de passageiros nos EUA transportem um DEA aprovado pela FDA em todas as aeronaves com capacidade de carga superior a 7.500 libras, com pelo menos um comissário de bordo sabendo usá-lo.
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