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Passageiro observa algo brilhando na asa a 34 mil pés e pilotos desviam voo para pousar com urgência

Boeing 777-300 da Air Canada – Imagem: MarcusObal / CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Uma incomum ocorrência com um Boeing 777 foi registrada no final do mês passado, quando um dos passageiros observou algo brilhando em uma das asas e os pilotos precisaram realizar um pouso urgente.

A aeronave envolvida foi o Boeing 777-300 da Air Canada, registrado sob a matrícula C-FJZS, quando realizando o voo AC-311 entre Montreal e Vancouver, ambas localidades no Canadá, no último dia 30 de abril.

De acordo com informações compartilhadas pelo The Aviation Herald, a aeronave decolou com 440 passageiros e 14 tripulantes e iniciou o voo sem anormalidades ou intercorrências reportadas.

No entanto, quando voando a 34 mil pés (10,36 km) de altitude, um passageiro informou à tripulação que podia ver algo brilhando na superfície da asa. O primeiro oficial (copiloto) foi até as janelas da cabine de passageiros para inspecionar a asa e observou o que parecia ser uma marca de queimadura, acompanhada pelo que parecia ser uma descarga estática.

Diante da anormalidade, a tripulação declarou “PAN PAN” e desviou para Toronto, onde a aeronave pousou na pista 23 cerca de uma hora depois. Os serviços de emergência inspecionaram a aeronave antes da continuidade do taxiamento para o pátio.

Trajetória da aeronave envolvida no incidente – Imagem: RadarBox

Vale lembrar que a mensagem de “PAN PAN” é um sinal padrão internacional que alguém a bordo de um barco, navio, aeronave ou outro veículo usa para declarar que tem uma situação urgente, mas, por enquanto, não representa um perigo imediato para a vida de ninguém ou para o próprio veículo.

Neste caso, as operações do aeroporto não são imediatamente suspensas como geralmente acontece na declaração de “MAY DAY” (emergência), porém, ainda há uma atenção especial dada à aeronave devido a algo estar fora do normal.

Após as avaliações sobre a ocorrência, o Conselho de Segurança de Transporte do Canadá (TSB) relatou que a manutenção descobriu dois locais na asa onde o material selante emborrachado de uma junção nos painéis da asa se soltou e ficou exposto à corrente de ar, bem como duas tiras de aterramento elétrico quebradas na área.

Essa situação permitiu o acúmulo de uma carga elétrica estática, explicando o brilho visto pelo passageiro, ou seja, tratava-se de um descarregamento constante da eletricidade estática acumulada.

O selante e as tiras metálicas foram substituídos e a aeronave retornou às operações no último dia 2 de maio.

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