Passageiro reclama de ter sido expulso de voo da Qatar porque estava viajando sozinho

Um passageiro foi à imprensa internacional para reclamar da Qatar Airways, após supostamente ter sido expulso de um voo porque estava viajando sozinho. Segundo seu relato, a companhia alegou que, por conta de uma doença na coluna, ele precisaria de ajuda para usar o banheiro durante um voo de 14 horas entre Melbourne (Austrália) e Doha. Ele rechaça a posição da empresa.

Depois de visitar a família e amigos em sua terra natal, a Austrália, Nolan deveria voltar para casa, na Finlândia, mas ele afirma que agora está preso em Melbourne depois que a companhia aérea se recusou a transportá-lo sem um cuidador. Quando a companhia o expulsou do voo, ele já estava até colocado em seu assento.

Nolan nasceu com um defeito congênito que ocorre quando a coluna e a medula espinhal de um bebê não se desenvolvem adequadamente. Como resultado, ele depende de uma cadeira de rodas para se locomover, embora sua deficiência não o impeça de viajar pelo mundo de forma independente.

A amiga de Nolan, Bridget Mullahy, explicou como a experiência no aeroporto transcorreu normalmente, e a equipe o transferiu para uma cadeira especial no corredor e o levou para seu assento designado a bordo da aeronave sem fazer perguntas.

Uma vez a bordo, um membro da tripulação de cabine perguntou que assistência ele poderia precisar durante o voo, e ele explicou que precisaria ser transferido de e para o banheiro usando a cadeira do corredor que fica a bordo.

Geralmente, esse é um pedido bastante comum que Nolan diz que muitas outras companhias aéreas ficaram felizes em atender, mas minutos depois de comunicar suas necessidades, outro funcionário da Qatar Airways supostamente ordenou que ele saísse do avião porque “ele estava viajando sozinho”.

“Ele estava sentado, tinha seu cartão de embarque de conexão e estava comunicando claramente suas necessidades simples atendidas por muitas companhias aéreas antes”, escreveu Bridget no Twitter. “Mas a Qatar Airways decidiu discriminá-lo, retirá-lo do avião e prendê-lo em Melbourne“.

Política da Empresa

Em suas políticas, a companhia aérea diz que um cuidador deve acompanhar um passageiro quando ele não consegue se alimentar sozinho, precisa de alguém para dar-lhe medicamentos ou não consegue usar o banheiro. Em seu, porém, Nolan precisa apenas de ajuda para chegar até a porta do banheiro, de onde poderia seguir sozinho. 

Sobre isso, a Qatar Airways diz que esta é uma função que a tripulação de cabine pode realizar e não é necessário um acompanhante.

Nolan também diz que forneceu informações sobre suas necessidades antes do check-in e a primeira vez que percebeu que havia um problema foi somente depois de se sentar a bordo da aeronave. 

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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