Início Acidentes e Incidentes

Passageiro relata que acordou em voo achando que estavam borrifando desodorante, mas era um incêndio a bordo

Boeing 777-200 da United Airlines

Um passageiro da classe Polaris Business da United Airlines em um voo internacional de Washington Dulles para Londres Heathrow descreveu o momento em que acordou com o que parecia ser o som de alguém borrifando desodorante corporal, mas percebeu que, na verdade, um comissário de bordo combatia um incêndio na cabine com um extintor.

Em um fórum popular entre viajantes frequentes, o FlyerTalk, o passageiro contou que, inicialmente, associou o cheiro de queimado que tomava a cabine ao preparo do café da manhã pelos comissários. Só depois ele percebeu o que realmente acontecia, informou o PYOK.

Assim que me levantei, vi os comissários arrancando freneticamente as almofadas do assento 10G“, escreveu o passageiro. “Um comissário usava luvas à prova de fogo até o cotovelo enquanto continuava usando o extintor. Outros membros da tripulação disseram que um passageiro havia perdido o celular, e ao mover o assento, acabou esmagando a bateria, o que provocou o incêndio.

O passageiro acrescentou: “Disseram que o fogo e a fumaça estavam intensos antes de usarem os extintores.

O voo UA918 da United Airlines, operado por um Boeing 777-200, partiu de Washington Dulles e estava a cerca de uma hora e meia de Londres quando o incidente ocorreu na cabine.

Companhias aéreas têm observado um aumento significativo em incêndios causados por baterias de lítio, o que não surpreende, dado que muitos dispositivos, como celulares, tablets e vapes, usam essas baterias.

O risco crescente recentemente levou a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) a recomendar que os passageiros mantenham seus dispositivos eletrônicos com carga de apenas 30% ou menos, o que reduz drasticamente o risco de superaquecimento.

A FAA também sugere desligar dispositivos desnecessários e evitar carregá-los durante o voo, se possível.

As companhias aéreas têm reforçado alerta aos passageiros sobre o risco de perder celulares e outros dispositivos eletrônicos nos assentos, especialmente nos de classe executiva totalmente reclinável, que possuem motores potentes capazes de esmagar um dispositivo que caia em seus mecanismos.

Caso um celular se perca no assento, o primeiro instinto do passageiro pode ser mover o assento para procurá-lo, mas recomenda-se evitar essa ação para prevenir um possível evento de superaquecimento.

Embora um extintor de incêndio consiga, temporariamente, resfriar o fogo causado por um celular, a chave para evitar que ele reacenda é remover um dos três elementos do “triângulo do fogo” – combustível, calor e oxigênio.

Os comissários podem submergir o dispositivo superaquecido em água ou, como foi feito neste caso, colocá-lo em uma bolsa especial de contenção de fogo que remove o oxigênio do triângulo do fogo.

Leia mais:

Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
Sair da versão mobile