Um novo processo judicial contra a Frontier Airlines expõe uma situação alarmante que envolve discriminação e insensibilidade por parte de um agente de portão da companhia aérea. O caso, que ocorreu em 5 de novembro de 2022, em Phoenix, no Arizona, envolve Ivaylo Dodev, um passageiro parcialmente surdo que, junto com sua esposa, havia planejado uma viagem para comemorar o aniversário dela em Punta Cana.
De acordo com a ação judicial, o casal não tinha experiência anterior com companhias aéreas de baixo custo e, ao chegarem ao portão de embarque, não estavam cientes das rígidas regras de bagagem da Frontier.
De acordo com o PYOK, que acessou detalhes do processo judicial, após serem impedidos de embarcar por não pagarem pela bagagem de mão, Ivaylo e sua esposa foram orientados a se dirigirem a outro balcão para pagar as taxas.
Ao tentar se comunicar com o agente de portão, Ivaylo, que depende da leitura labial devido à sua deficiência auditiva no ouvido esquerdo, informou que não conseguia ouvir o que a funcionária estava dizendo.
A reação imediata da agente foi hostil, transformando a interação em um embate verbal, com a funcionária acusando Ivaylo de “insultar sua máscara” ao invés de tentar encontrar uma solução.
O casal aguardou pacientemente enquanto a agente de portão supostamente poderia ter processado o pagamento, mas quando perceberam que todos os outros passageiros já haviam embarcado, tentaram novamente obter permissão para pagar. Porém, foram novamente rejeitados, resultando na partida do voo sem eles.
Após a frustrante experiência, Ivaylo tentou chamar a polícia para registrar a situação. Durante a investigação, os policiais também não conseguiram obter uma explicação adequada para a recusa dos Dodevs em embarcar, mesmo ouvindo um funcionário afirmar que “eles não estão autorizados a voar”.
Um detalhe que intensifica o drama é que os Dodevs alegam que foram alvo de discriminação devido ao seu histórico como imigrantes europeus de origem búlgara.
A ação judicial inclui acusações de violação da Lei dos Americanos com Deficiências (ADA), além de distúrbio emocional e difamação, alegando que a Frontier violou o contrato de transporte ao permitir que um funcionário marginalizasse sua presença em relação aos demais passageiros.