Passageiros enfrentam voo de 12 horas sem chegar ao destino porque a aérea queria levar o avião à sua base

Um voo da American Airlines que partiu de Nova York com destino a Tóquio teve que realizar um desvio inesperado, resultando em 12 horas de voo sem nunca chegar ao seu destino original.

O voo AA-167, que ocorreu em 31 de março, fez o trajeto de volta aos Estados Unidos devido a um problema com o mecanismo de anti-congelamento da asa, levando a aeronave a pousar no Aeroporto de Dallas-Fort Worth, um importante hub da companhia.

Os passageiros, que esperavam saborear ramen e sushi em Tóquio, acabaram recebendo apenas um modesto voucher de alimentação de US$ 12 e foram acomodados em um hotel local, como reposta ao imprevisto em vez de desfrutar de sua viagem programada.

A aeronave, um Boeing 787 Dreamliner, decolou de Nova York com algum atraso na manhã de segunda-feira antes de seguir a rota transpacífica. No entanto, cerca de duas horas após passar por Vancouver, o piloto fez uma volta, começando a retornar para os EUA.

O avião poderia ter pousado no aeroporto mais próximo se problema fosse mais sério, mas após sobrevoar Seattle a uma altitude de 37.000 pés, a aeronave traçou uma rota diagonal pelos EUA, passando por Idaho, Wyoming, Colorado e Oklahoma, até finalmente aterrissar em Dallas, no Texas.

Segundo relatos de passageiros, o piloto informou que a falha na asa exigia manutenção, o que poderia se tornar um problema se a aeronave continuasse sobrevoando áreas remotas do Pacífico.

A decisão de desviar a aeronave para Dallas-Fort Worth, em vez de pousar em um aeroporto mais próximo como San Francisco ou Los Angeles, reflete uma estratégia comum entre companhias aéreas quando se deparam com questões técnicas não emergenciais.

Muitas vezes, as empresas optam por levar os aviões até seus principais centros operacionais, onde podem contar com engenheiros e peças sobressalentes para realizar a manutenção adequada.

Neste caso, os passageiros enfrentaram o inconveniente de um voo longo sem chegar a seu destino, sendo posteriormente remarcados para um novo voo que os levaria a Tóquio mais de 24 horas depois do planejado.

Um dos passageiros expressou sua frustração em uma postagem no Reddit: “A segurança sempre vem em primeiro lugar, e estou feliz que aterrissamos em segurança, mas é decepcionante passar 13 horas em um voo e ter que repetir tudo de novo amanhã. Nossas férias agora precisam ser ajustadas. A mulher ao meu lado estava indo para um cruzeiro e agora não poderá ir”, escreveu ele.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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