
A Emirates Airlines anunciou a proibição de passageiros de transportar pagers e walkie talkies em voos para e a partir de seu hub em Dubai, tanto na bagagem de mão quanto na bagagem despachada. Esta nova regra surge algumas semanas após uma operação de inteligência que visou o grupo terrorista Hezbollah, utilizando dispositivos de comunicação que foram comprometidos durante o processo de fabricação.
Especialistas acreditam que os pagers, recentemente adquiridos pelo Hezbollah como uma tentativa deliberada de reduzir riscos de influência externa, foram manipulados, e explosivos do tipo PETN foram escondidos ao lado da bateria.
Em 17 de setembro, esses explosivos foram detonados remotamente, resultando em mortes e ferimentos graves em centenas de apoiadores do Hezbollah no Líbano. Poucos dias depois, um ataque separado contra a rede de rádios do Hezbollah também causou múltiplos ferimentos.
Embora não tenha havido ataques adicionais usando esse método, não há como saber se outros dispositivos de comunicação, incluindo pagers e rádios portáteis existentes, também foram comprometidos e ainda estão em circulação.
Imediatamente após os ataques, o regulador de aviação civil do Líbano proibiu passageiros de levar pagers e rádios em voos que partiam do Aeroporto Internacional Rafic Hariri de Beirute, embora essa proibição não tenha sido amplamente adotada em toda a região.
Entretanto, na última sexta-feira, a Emirates divulgou uma nova atualização de viagem, avisando: “Todos os passageiros que viajam em voos para, de ou via Dubai estão proibidos de transportar pagers e rádios portáteis na bagagem de mão ou na bagagem despachada.” A atualização continuou: “Itinerários encontrados na bagagem de mão ou despachada dos passageiros serão confiscados pela Polícia de Dubai.”
Não está claro por que a Emirates e as autoridades locais nos Emirados Árabes decidiram implementar essa proibição neste momento. Além das novas regras de segurança, a Emirates foi forçada a suspender voos para diversos destinos no Oriente Médio devido à deterioração da situação de segurança e ao risco de um conflito maior entre Israel e Irã.