
Passageiros de um voo da United Airlines com destino a Xangai, na China, que precisou ser desviado após um dos pilotos esquecer o passaporte em casa, receberam US$ 175, pouco mais de R$ 1 mil, em crédito para viagens futuras como compensação pelo transtorno.
O incidente, que rapidamente se tornou famoso, ocorreu no último sábado (22), quando o voo UA-198 da United retornou inesperadamente duas horas após decolar de Los Angeles. A viagem, que deveria durar 14 horas até Xangai, acabou sendo interrompida.
Sem conseguir localizar o passaporte do piloto, a tripulação optou por desviar o voo para São Francisco, onde os passageiros tiveram que desembarcar e aguardar no terminal enquanto a United buscava uma nova equipe de pilotos e comissários para completar a viagem — dessa vez, presumivelmente, garantindo que todos estivessem com a documentação correta.
Inicialmente, foi relatado que os passageiros receberam apenas um voucher de US$ 15 para alimentação, mas, à medida que o atraso se prolongava, a companhia aumentou o valor para um total de US$ 80 em créditos para refeição.
Agora, a United entrou em contato com os passageiros afetados pelo desvio e pelo atraso, oferecendo um crédito de US$ 175 para viagens futuras como compensação pelo inconveniente.
No entanto, um dos passageiros considerou a oferta insuficiente, afirmando que o valor “não parece justo, dadas as circunstâncias.”
Nas redes sociais, algumas pessoas apontaram que a United, na verdade, não é obrigada a oferecer compensação além dos vouchers de alimentação.
No final do ano passado, o governo Biden iniciou uma revisão das regras de compensação para passageiros afetados por atrasos e cancelamentos dentro do controle das companhias aéreas, com a intenção de adotar medidas semelhantes às da Europa e do Canadá.
Nos Estados Unidos, as principais companhias aéreas, com apoio do governo Trump, tentaram barrar a revisão das regras de compensação, alegando que medidas como a europeia EC261 apenas encarecem as passagens sem melhorar o serviço ou reduzir atrasos.
Atualmente, nenhuma grande companhia aérea dos EUA oferece compensação em dinheiro por atrasos ou cancelamentos, embora algumas concedam compensações discricionárias em casos específicos.
Neste mês, por exemplo, a Southwest Airlines ofereceu R$ 280 como compensação a passageiros que ficaram presos dentro de uma aeronave quando uma mulher tirou a roupa e correu pelo corredor durante um voo.
Em um e-mail enviado aos passageiros do voo WN-733, que partiu de Phoenix no dia 3 de março, a Southwest pediu desculpas pelo ocorrido, afirmando: “Sabemos que a situação a bordo se tornou desconfortável, especialmente para os passageiros que estavam mais próximos do incidente.“
A companhia acrescentou: “Não há nada mais importante para nós do que a segurança e o bem-estar de nossos clientes e funcionários, e espero que aceite nossas sinceras desculpas pela experiência vivida.“
Leia mais: