Passageiros receberam cobrança indevida por cinco anos devido a erro de TI da empresa aérea

Imagem: Paullymac, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

A Virgin Australia divulgou que um erro de tecnologia da informação (TI) levou à cobrança indevida de 61.000 passageiros ao longo de cinco anos. A companhia aérea afirmou que recentemente tomou conhecimento de “alguns problemas” que surgiram quando os passageiros solicitaram alterações em seus itinerários.

Esses problemas fizeram com que os passageiros pagassem mais do que deveriam. Para resolver a questão, a Virgin Australia está tomando medidas proativas, incluindo a contratação da Deloitte para gerenciar o processo de reembolso.

Em um comunicado no site da Virgin Australia, a empresa declarou: “Imediatamente, iniciamos uma investigação interna para entender o que aconteceu, o impacto sobre nossos clientes e adotamos uma série de ações para evitar que isso aconteça no futuro.”

O problema envolve aproximadamente 0,1% de todas as reservas processadas entre 21 de abril de 2020 e 31 de março de 2025, com o valor médio do reembolso estimado em cerca de 35 dólares americanos.

A companhia destacou que trabalhou para corrigir as falhas técnicas específicas, finalizou uma revisão dos processos relevantes em toda a empresa e implementou uma governança formal para apoiar o gerenciamento contínuo de suas políticas de reserva e emissão de bilhetes.

A Virgin Australia optou por divulgar voluntariamente o problema e notificou a Comissão Australiana de Concorrência e Consumidor.

Atualmente, a Virgin Australia é a segunda maior operadora de passageiros programados da Austrália, atrás apenas da Qantas, operando voos para 35 aeroportos em todo o país e em alguns mercados vizinhos, incluindo Indonésia, Nova Zelândia, Vanuatu, Fiji e Samoa.

Há expectativas de que seu proprietário majoritário, Bain Capital, planeje recolocar a companhia na Bolsa de Valores da Austrália ainda este ano. Essa movimentação ocorre após a Qatar Airways investir cerca de 475 milhões de dólares americanos para adquirir uma participação de 25% na companhia aérea.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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