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Passageiros reclamam de administração da Aena no Aeroporto do Recife

Terminal do Aeroporto do Recife – Imagem: Setur-PE

Enquanto é classificado como um dos aeroportos mais pontuais do continente, o Aeroporto Internacional Guararapes – Gilberto Freyre, no Recife (PE), vem sendo alvo de recorrentes reclamações após mais de dois anos da privatização.

Em recentes depoimentos no jornal Hora do Povo, passageiros reclamam da administração da empresa espanhola Aena, que através de sua divisão Aena Brasil também administra outros importantes aeroportos do Nordeste, como os de Maceió (AL), João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, Aracaju (SE) e Juazeiro do Norte (CE).

Em relato ao jornal pernambucano, o colunista social João Alberto aponta que sua equipe esteve em três diferentes momentos no terminal de passageiros e encontrou o ar condicionado desligado: “um verdadeiro absurdo”, diz o João, frustrado.

Ele também ressalta, ainda sobre o ar condicionado, que “Passageiros frequentes me revelam que inicialmente era desligado à noite, agora é o dia quase todo. Claro que por economia. Sem falar em outras falhas no serviço. Saudade do tempo em que era administrado pela Infraero”.

E as reclamações não são de agora. Segundo reportagem de abril de 2021 do Brasil de Fato, comerciantes do terminal de passageiros também reclamavam da situação. Uma empresária que atua no Gilberto Freyre afirmava que com a privatização e a administração da empresa hispânica as expectativas eram de que haveria uma gestão melhor no aeroporto, mas, foi “Engano nosso. A gente era feliz e não sabia”.

A empresária entrevistada também apontou naquele momento que a Aena Brasil passou a cobrar taxas baseadas em indicadores, informações as quais os lojistas do aeroporto não têm acesso: “Em vez de pagarmos o condomínio e o percentual sobre vendas, como tem no contrato, eles passaram a cobrar um percentual referente a voos e passageiros que passam pelo aeroporto. Mas como os lojistas podem ter controle sobre isso? Como podemos discutir com a Aena?”.

Também naquele momento, em entrevista, Francisco Lemos, presidente do SINA (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), informava que após o repasse do bastão da Infraero para a Aena Brasil, além das situações manifestadas pelo passageiro, a concessionária estava adotando medidas de redução de gastos e aumento de ganhos, bem como ações na operação aérea, como a redução de espaço físico entre as aeronaves no pátio, e no terminal, como a retirada de sabão nos sanitários e o até o fechamento de parte deles.

Em nossa mais recente publicação sobre o aeroporto em nossa página no Facebook, um leitor do AEROIN comentou: “Aeroporto de Recife pode ser pontual, mas em termos de apoio e conforto ao passageiro, fica devendo MUITOOOO!!!!”.

Portanto, parece que as condições no Gilberto Freyre seguem longe do ideal por ao menos cerca de 8 meses.

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