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Passageiros serão escaneados quando chegarem aos EUA na busca por cepa rara do Ebola

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Foto de Stefan Gabriel Naghi via Pexels.com

Passageiros que tiverem passado por zonas de risco serão escaneados por vírus Ebola quando desembarcarem nos Estados Unidos. A imprensa americana informou hoje que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estão preparando uma ordem de saúde que redirecionaria viajantes de Uganda para um dos cinco aeroportos dos EUA.

Nos aeroportos, esses viajantes seriam rastreados para possíveis sinais de uma cepa rara de Ebola que atualmente não tem nenhum vacina ou terapêutica aprovada para tratar os infectados. Uganda relatou um surto do vírus Ebola no Sudão em 20 de setembro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que até agora houve 63 casos confirmados e prováveis ​​espalhados por vários distritos do país.

A taxa de mortalidade do surto atual é tão alta quanto 50% e das seis vacinas atualmente em desenvolvimento contra o vírus, nenhuma foi aprovada pelos reguladores e metade dessas vacinas candidatas estão presas em ensaios pré-clínicos.

A ordem de saúde do CDC não equivale a uma proibição de viagem ou ordem de quarentena, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg, mas qualquer pessoa que entre nos Estados Unidos com um histórico recente de viagens para Uganda será redirecionada para um dos cinco aeroportos. Não há voos diretos entre Uganda e os Estados Unidos, dificultando a identificação de passageiros que possam tentar burlar a ordem de saúde.

De acordo com o CDC, o início dos sintomas do Ebola pode variar de dois a 21 dias. O atraso médio entre a exposição e o início dos sintomas é entre oito e dez dias. Ao contrário de algumas doenças, como o COVID-19, alguém infectado com Ebola não pode espalhar o vírus até que comece a apresentar sintomas.

Um dos primeiros pacientes identificados no atual surto de Uganda apresentou febre alta, convulsões, vômito e diarreia com sangue e sangramento nos olhos. O paciente do sexo masculino, de 24 anos, morreu nove dias depois de ter ido pela primeira vez a uma clínica médica.

O ebolavírus do Sudão foi descoberto pela primeira vez no Sudão do Sul em 1976. A OMS relata uma taxa de mortalidade entre 41% e 100% em sete surtos anteriores no Sudão e Uganda. A última vez que a variante do Sudão apareceu em Uganda foi em 2012.

No início desta semana, o CDC emitiu um alerta de saúde ‘Nível 2’ para Uganda e aconselhou os viajantes a evitar várias regiões onde o Ebola foi detectado. O alerta sugere que os viajantes pratiquem “precauções reforçadas”, mas não aconselham a evitar todas as viagens não essenciais.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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