Para o resgate de ribeirinhos em regiões de difícil acesso no Pantanal sul-mato-grossense na tarde da última quinta-feira, dia 16 de março, a Marinha do Brasil (MB) empregou duas aeronaves, simultaneamente.
Os meios aeronavais decolaram para realizar dois transportes de emergência: de uma mulher de 23 anos, na Fazenda Lourdes, região da Nhecolândia, a cerca de 100 km de Corumbá-MS; e de uma menina de 12 anos, na Colônia São Domingos, a aproximadamente 70 km de Corumbá.
Essa é a primeira vez que a Força Naval realiza essa ação simultânea na região.
Após solicitação de apoio do Corpo de Bombeiros, o Comando do 6º Distrito Naval (Com6ºDN), por meio da Seção de Operações, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61) e do Hospital Naval de Ladário (HNLa), prontificou imediatamente equipes e aeronaves para atender as duas demandas, haja vista a urgência de ambos os casos.
A primeira aeronave foi acionada para resgatar a mulher, que está no quarto mês de gestação e estava com relato de hemorragia intensa. Logo em sequência, a segunda aeronave decolou-se para buscar a criança, que apresentava fraqueza, fortes dores abdominais e crises de desmaios havia três dias.
Ambos os deslocamentos contaram com acompanhamento de um médico do HNLa. Nas chegadas ao heliponto do EsqdHU-61, uma ambulância do Corpo de Bombeiros seguiu com as pacientes para a Santa Casa de Corumbá.
“Para nós, pilotos e fiéis, assim como para todo o pessoal do Esquadrão, é muito gratificante poder participar desse tipo de missão. Quando se trata de uma vida, devemos estar sempre prontos a agir e responder o quanto antes, especialmente aqui na região do Pantanal, onde boa parte da população reside longe do centro urbano e de apoio médico, sendo a aeronave, às vezes, o único meio de acesso até essa população ribeirinha”, disse o Capitão-Tenente Éverthon de Freitas Alcântara, piloto do EsqdHU-61.
Em menos de três meses deste ano, a MB, com os meios do Com6ºDN, realizou dez resgates aéreos na região do Pantanal, demonstrando a importância dos meios aeronavais na fronteira oeste do País.
O resgate de vítimas, feito por meio de evacuação aeromédica, empregando helicópteros do Com6ºDN, é uma ação de cooperação com o Corpo de Bombeiros. Sua realização ocorre eventualmente em locais onde o acesso é difícil ou inviável por via terrestre e em caso de comprovada emergência.
O voo depende, ainda, de diversos fatores, como condições meteorológicas, período diurno e distância.
Informações da Agência Marinha de Notícias