A empresa aérea estatal paquistanesa PIA voltou às manchetes nesta semana, depois que congressistas locais informaram que vão escrutinar um contrato firmado entre a operadora e uma companhia local para o desenvolvimento de um sistema de entretenimento de bordo para oito aeronaves Boeing 777-200ER. O assunto emergiu devido a uma suspeita de que o contrato tenha elementos fraudulentos.
Como reporta a mídia local, o Comitê Permanente de Aviação do Senado do país investigará o acordo de US$ 3 milhões entre a companhia aérea e a M/S Aviation Avionics. O negócio foi firmado em 2020, quando a empresa local venceu a licitação sob o argumento de que as soluções prontas, oferecidas por empresas estrangeiras, se mostraram muito caras.
À época, o objetivo era tornar a transportadora nacional mais competitiva nas rotas de longo curso para a Europa e os EUA, ao mesmo tempo em que impulsionava a indústria manufatureira local. Os voos de longa distância da PIA careciam de um sistema IFE eficaz há algum tempo, deixando-a em desvantagem competitiva contra empresas como Emirates, Etihad e Qatar Airways.
O Senado paquistanês também vai querer entender como o sistema caseiro foi selecionado e quais benefícios gerou à transportadora de seu país.
