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Um comandante da extinta companhia caribenha British West Indies Airways (BWIA) recebeu autorização judicial para prosseguir com um processo trabalhista 26 anos após sofrer um acidente que o deixou cego de um dos olhos. O caso estava em tramitação nas diferentes instâncias de Trinidad e Tobago depois que a empresa estatal fechou em 2006.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, Tajo Beharry sofreu um ferimento no olho depois que fluido hidráulico espirrou em seu rosto durante a inspeção pré-voo de uma aeronave em 7 de março de 1994. Um pedido de indenização foi perpetrado em 1998, mas Beharry perdeu o caso em 2003.
Em 2006, o Tribunal de Apelação anulou a decisão e ordenou que uma compensação fosse avaliada para Beharry. Porém, naquele mesmo ano, o governo anunciou o fechamento da BWIA e sua substituição pela Caribbean Airlines e um novo processo deveria ser iniciado. A nova companhia não quis arcar com a indenização e ameaçou apelar para cortes superiores.
Enquanto a decisão não saía, Beharry não conseguia iniciar o processo indenizatório contra a Caribbean. Após nova tentativa da vítima, a empresa levou o caso à suprema corte do país. A companhia alegou que o caso havia prescrito, pois o prazo máximo de 12 anos de execução da sentença já estava estourado.
Em novembro de 2020, o juiz Robin Mohammed decidiu que, como nem o juiz de primeira instância, nem o Tribunal de Apelação avaliaram os danos causados a Beharry, o processo não havia sido formalmente iniciado e o argumento da prescrição não era válido. Mohammed, contudo, censurou o ex-piloto, por demorar na aplicação de recursos que justificaram o atraso na solução do caso.
Agora, um novo processo será iniciado para avaliar os ferimentos de Beharry e um tribunal irá decidir o valor que deve ser pago como indenização. Porém, ambas as partes podem questionar a decisão em outras instâncias.