Piloto condenado por se despir e ver pornografia, na frente da copiloto, num voo comercial

two pilots flying an airplane
Foto Ilustrativa de Kelly Lacy via Pexels.com

O Departamento de Justiça dos EUA publicou o desfecho de um caso envolvendo um piloto da Southwest Airlines, agora aposentado, que foi multado em US$ 5.000 e condenado a 12 meses de liberdade condicional depois de admitir a realização de um ato “lascivo, indecente ou obsceno” durante um voo em que era comandante. Uma copiloto, que ele não conhecia, teve que continuar voando enquanto ele realizava o ato na frente dela.

Os promotores alegaram que Michael Haak, 60, de Longwood, Flórida, se levantou, tirou a roupa e começou a assistir pornografia em seu laptop depois que o voo da Southwest Airlines da Filadélfia para Orlando em 10 de agosto de 2020 atingiu altitude de cruzeiro.

“Enquanto o avião continuava seu voo, Haak se engajou ainda mais em conduta inadequada na cabine, já que a Primeira Oficial continuou a desempenhar suas funções como membro designado da tripulação”, disse o Ministério Público do Distrito de Maryland na sexta-feira.

Haak foi acusado em abril e enfrentou a ameaça de uma pena máxima de 90 dias de prisão se fosse considerado culpado. Ele foi acusado em Maryland porque foi um dos estados onde a aeronave sobrevoou.

Como parte de um acordo de confissão de culpa, seu advogado de defesa argumentou que Haak merecia uma sentença mais branda por ter sido piloto da Southwest Airlines por 27 anos antes de sua aposentadoria em 31 de agosto de 2020. Durante sua carreira, Haak recebeu diversos elogios e cartas de apoio de passageiros, colegas e até mesmo o presidente-executivo da Southwest, Gary Kelly.

Haak se desculpou por seu comportamento, mas afirmou que o ato foi consensual. “Tudo começou como uma brincadeira consensual entre mim e a piloto. Nunca imaginei que isso se transformasse”, disse Haak ao tribunal por meio de um link de vídeo.

O juiz disse a Haak que suas ações traumatizaram a primeira oficial do sexo feminino.

Embora Haak já tivesse se aposentado voluntariamente na época em que a Southwest descobriu sobre a queixa criminal, a companhia aérea disse que “investigou o assunto e, como resultado, deixou de pagar ao Sr. Haak quaisquer benefícios que ele ainda teria direito de receber”.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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