Piloto da poderosa Força Aérea dos EUA tira selfie passando por cima do balão chinês

No começo de fevereiro, o mundo foi surpreendido pela notícia do balão espião chinês que passou pelos Estados Unidos. Como consequência, a Federal Aviation Administration (FAA) instruiu aeroportos e partes do espaço aéreo a serem fechadas temporariamente, enquanto a Força Aérea dos EUA seguia o balão e, dias mais tarde, o abatia sobre o mar.

Na missão de acompanhamento do objeto, foram empregadas duas clássicas aeronaves de reconhecimento, capazes de voar tão alto que os pilotos precisam usar até trajes pressurizados. Estas aeronaves são os Lockheed U-2, detalhou o site aeroTELEGRAPH.

A informação sobre o uso do U-2 foi evidenciada por uma foto, tirada a bordo de uma das duas aeronaves na missão de monitoramento. A imagem mostra o capacete do piloto, que faz parte de um traje de voo especialmente projetado, com o balão ao fundo e abaixo da aeronave.

Esta aeronave foi projetada em 1955 pela CIA e desde a década de 1960 é usada pela Força Aérea dos Estados Unidos. É capaz de voar a uma altitude de 18 a 21 quilômetros, com uma envergadura de 32 metros e comprimento de quase 20 metros de comprimento.

O U-2, que também tem o apelido de “Dragon Lady”, é equipado com câmeras, sensores, tecnologias de radar e antenas de link de dados, permitindo a realização de missões de reconhecimento. Já se discutiu várias vezes a possibilidade de aposentar esta aeronave devido a programas de modernização e austeridade, mas ela ainda tem utilidades importantes.

Embora o seu futuro a longo prazo ainda seja incerto, a “Dragon Lady” continua a ser um importante meio de observação e monitoramento das atividades aéreas. O balão chinês está aí para comprovar isso.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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