Um piloto de Boeing C-17 da OTAN causou uma reação firme das autoridades austríacas após ter realizado manobras a baixa altura sobre algumas montanhas, ignorando completamente o seu plano de voo, à revelia das ordens do controle de tráfego aéreo. A Áustria chegou a interceptar a aeronave com caças e repreendeu a Hungria pela atitude de seu cidadão.
Como relata o site de notícias Austrian Wings, a Áustria ficou furiosa. “Nenhum incidente desse tipo aconteceu no país nos últimos 20 anos”, disse o porta-voz do ministério da defesa austríaco, o coronel Michael Bauer, à mídia local enquanto criticava a atitude irresponsável do comandante do jato militar.
Tudo aconteceu depois que o avião de transporte militar Húngaro C-17 de quatro motores com identificação da OTAN realizou uma descida inesperada durante um voo de rotina sobre o território austríaco. Seu plano de voo previa uma altitude prescrita de 11.000 metros, no momento em que estava voando sobre o Lago Attersee, a leste da cidade de Salzburgo, o piloto desceu para cerca de 1.000 metros, sem pedir autorização ao controlador de tráfego aéreo.
A manobra alarmou os militares austríacos, que enviaram caças Eurofighter para escoltar a aeronave rebelde. A Áustria descreveu a atitude como uma “grande ameaça à segurança da aviação”, já que havia muitos outros voos na área.
As razões para a descida repentina ainda não estão claras, disse a mídia austríaca. Após uma série de manobras contornando as montanhas, ao melhor estilo “mach loop”, o jato entrou em contato com o controle e voltou a subir para sua altitude de cruzeiro.
Nem a OTAN, nem a Hungria comentaram sobre o incidente. A Áustria, que não faz parte da OTAN e adota uma postura neutra em termos militares, prometeu “consequências diplomáticas” à Hungria, sem detalhar exatamente o que vai fazer.
