O líder de esquadrão Dmitry Golenkov foi encontrado morto no interior da Rússia, num ataque da inteligência ucraniana. Golenkov é uma figura conhecida na aviação militar russa, e era líder de esquadrão no 52º Regimento de Bombardeiros Pesados, uma das principais unidades que operam hoje a aeronave Tupolev Tu-22M Backfire, o principal bombardeiro supersônico da Rússia.
Dentre as missões mais conhecidas desta unidade durante a segunda invasão da Ucrânia, está o bombardeio ao shopping Amstor em junho de 2022, na cidade de Kremenchuk. Neste ataque, morreram 20 civis e 59 ficaram feridos, num shopping que estava com mais de mil pessoas dentro durante os ataques feitos com mísseis anti-navio Kh-22 adaptados para alvos terrestres.
Outro ataque realizado por Golenkov e sua unidade foi contra um conjunto de apartamentos na cidade de Dnipro, em janeiro do ano passado, matando 46 pessoas, incluindo seis pessoas.
O piloto e um dos líderes do 52º Regimento, foi até as redes sociais defender os ataques e manipular a opinião pública para justificar o homicídio de civis.
Desde então, ele entrou na lista dos mais procurados da Ucrânia, sendo considerado um alvo pessoal para vários militares ucranianos, que queriam vingar a morte de seus cidadãos. E a vingança veio na última noite de domingo, 20 de outubro.
Golenkov foi encontrado por espiões ucranianos infiltrados na cidade de Suponevo, no Oblast de Briansk, a 140 quilômetros ao sul da Base Aérea de Shaikovka, onde seu esquadrão é baseado. A região é próxima da fronteira com a Bielorússia e a própria Ucrânia, o que pode ter facilitado o ataque.
O aviador russo foi morto com marretadas e seu corpo deixado numa região de mata dentro da cidade. Os autores da vingança gravaram o corpo de Golenkov e pegaram seus documentos pessoais para provar o crime.
O serviço de inteligência da Ucrânia eliminou o piloto russo Dmitry Golenkov. A ação ocorreu na Rússia e foi realizada por membros do serviço secreto ucraniano. O piloto Golenkov vangloriou-se nas redes sociais russas de ter sido o responsável por bombardeios contra alvos civis… pic.twitter.com/FoKtfXujKA
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) October 21, 2024