A investigação sobre o acidente envolvendo um caça Lockheed Martin F-35B Lightning II dos Fuzileiros Navais Americanos (USMC), que caiu na Carolina do Sul em 17 de setembro de 2023, foi concluída pela 2ª Ala de Aeronaves dos Fuzileiros Navais (2nd MAW) e a análise identificou erro do piloto como a causa principal do acidente.
Na tarde do dia 17 de setembro, o F-35B, pertencente ao Esquadrão de Treinamento de Ataque dos Fuzileiros (VMFAT) 501, enfrentou condições meteorológicas adversas com forte chuva enquanto realizava uma aproximação frustrada próxima à Base Conjunta de Charleston. Durante a manobra, o piloto ejetou-se em segurança após diagnosticar incorretamente uma emergência de voo fora de controle. A aeronave, no entanto, permaneceu no ar por mais 11 minutos, percorrendo cerca de 64 milhas náuticas (118 km) ao nordeste do campo de pouso até colidir em uma área rural do Condado de Williamsburg, Carolina do Sul.
Fatores adicionais que contribuíram para o acidente incluíram uma falha elétrica em voo, que comprometeu o funcionamento dos principais rádios, do transponder, do sistema de navegação táctica e do sistema de pouso por instrumentos. Em pelo menos três momentos distintos, o visor montado no capacete do piloto (HMD) e a tela panorâmica do cockpit (MFD) também deixaram de funcionar, contribuindo para a desorientação do piloto em condições meteorológicas críticas. A investigação esclareceu que a falha elétrica não se relaciona a nenhuma atividade de manutenção, pois todas as manutenções preventivas e não programadas foram realizadas conforme os padrões.
“O voo foi planejado, programado e executado de acordo com as diretrizes e normas estabelecidas, com o piloto qualificado para a missão”, afirmou o relatório. A aeronave permaneceu em voo não tripulado por mais de 11 minutos, estabilizada pelo sistema avançado de controle automático do F-35.
O local do acidente foi localizado em 18 de setembro, por volta das 16h45. Equipes do Departamento da Marinha dos EUA, da Estação Aérea dos Fuzileiros Navais em Beaufort, da Base Conjunta de Charleston e da 2nd MAW conduziram a recuperação da aeronave e a limpeza ambiental, que começou no dia 19. As ações incluíram a remoção de detritos na vegetação para evitar mais danos ambientais.
O acidente não causou feridos em solo, mas resultou em danos materiais, incluindo a perda de áreas de cultivo e vegetação florestal. Não foram recomendadas ações punitivas, e o Corpo de Fuzileiros expressou gratidão a todas as agências do Departamento de Defesa e civis que contribuíram para a resposta e a recuperação da área.
Com Informações da Comunicação Social da 2nd MAW