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Piloto de helicóptero que colidiu com outro no ar tinha traços de cocaína no corpo; acidente matou 4

O acidente foi filmado por vários ângulos

Um relatório provisório recém-publicado pelo Australian Transport Safety Bureau (ATSB) traz à tona informações preocupantes sobre o acidente aéreo que ocorreu na Gold Coast, na Austrália. Conforme o documento, o piloto que veio a óbito na colisão entre dois helicópteros apresentava vestígios de cocaína em sua corrente sanguínea.

O relatório do acidente de 2 de janeiro de 2023, afirma que os testes toxicológicos realizados no piloto mostraram níveis baixos da droga em seu organismo. Um farmacologista forense contratado para o caso interpretou os resultados, indicando que “as concentrações muito baixas desses metabólitos sugerem que a exposição provavelmente não ocorreu nas 24 horas anteriores ao acidente, e é improvável que tenha havido comprometimento das habilidades psicomotoras do piloto”, como afirmou o comissário-chefe Angus Mitchell, da ATSB.

Um patologista forense acrescentou que não foram identificados sinais de consumo crônico de estimulantes, levantando a possibilidade de a droga tenha sido consumida até quatro dias antes do acidente.

A colisão mortal ocorreu em 2 de janeiro de 2023, quando dois helicópteros Eurocopter EC130B4, pertencentes à empresa de turismo Sea World Helicopters, chocaram-se no ar, resultando na morte de quatro pessoas. Antes do impacto, o primeiro helicóptero tinha decolado para um passeio turístico de cinco minutos pela região, levando a bordo um piloto e cinco passageiros. Logo em seguida, o segundo aparelho partiu do heliponto com mais sete pessoas, incluindo o piloto.

Menos de 60 segundos depois, as duas aeronaves colidiram em pleno ar. Como consequência do impacto, a cauda e o rotor principal do segundo helicóptero se desprenderam, provocando a queda da aeronave. Dos sete ocupantes, quatro morreram e três ficaram gravemente feridos.

Mesmo com danos substanciais, a primeira aeronave conseguiu pousar, resultando em três feridos graves entre seus ocupantes e lesões no piloto.

O relatório do ATSB também apontou que alguns passageiros não estavam usando corretamente os cintos de segurança por causa de seus coletes salva-vidas, o que dificultou ações de socorro.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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