Piloto é demitido e tem brevê suspenso após ser confundido em teste de drogas

Um piloto da American Airlines passa por um problema sério após ser confundido na aplicação de um teste de drogas – que acabou com sua carreira.

Pilotos American Airlines
Imagem: American Airlines

Tudo aconteceu com DeWitt Ingram, hoje com 64 anos e mais de 21 anos de trabalho como piloto na American Airlines. Ele deveria ter mais anos pela frente e uma aposentadoria tranquila na empresa, mas foi demitido em agosto de 2020.

DeWitt tinha pousado em Miami após mais um voo de rotina, quando um funcionário de uma empresa terceirizada chegou em seu avião procurando por um piloto chamado David. Como nem ele e nem o copiloto tinham esse nome, ele falou que nenhum David estava ali, e o funcionário saiu do avião.

E esse foi o início dos problemas: o funcionário da empresa terceirizada era um aplicador de testes aleatórios de drogas, algo comum e requerido por lei na aviação. Porém, ao invés de verificar o documento dos pilotos, ele escreveu que o piloto se recusou a fazer o teste.

A recusa no teste anti-drogas pode levar à suspensão e demissão automática, inclusive no Brasil. Ao saber disso, DeWitt procurou a empresa e fez vários testes por contra própria, mas nada adiantou e dois meses depois ele foi demitido.

Para piorar a situação, a American Airlines reportou a suposta negativa do teste à FAA, a Administração Federal de Aviação Civil dos EUA que, por sua vez, suspendeu a licença do piloto, que agora não poderia pilotar nenhum tipo de aeronave. Sem trabalho e salário, o piloto precisou vender seus dois carros e sacar o dinheiro que tinha guardado na previdência privada. Ele entrou com processo contra a American e a empresa terceirizada, e ganhou em primeira instância até o momento.

Mas segundo reporta o portal One Mile At a Time, o dano já está feito: nos EUA a idade máxima para os pilotos voarem aviões comerciais é de 65 anos. Além disso, ao sacar o dinheiro da previdência privada, ele terá que sobreviver apenas com a indenização que por ventura ganhar na justiça, já que as empresas recorreram da decisão.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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