Piloto e engenheiro que perdeu o movimento das pernas adapta para si um jatinho SF50 da Cirrus

SF50 Vision Jet – Imagem: Cirrus Aircraft

Com apenas 16 meses de vida, o americano Clayton Smeltz perdeu o movimento nas pernas devido a um acidente de carro. Desde então, passou anos em reabilitação, o que definiu seu futuro profissional e marcou seu desejo por independência e liberdade.

Agora, após dez anos de obtenção de sua certificação de piloto privado, ele trabalhou na adaptação de um jatinho Cirrus Vision SF50 Vision Jet com controles manuais para uso próprio. Casado com uma brasileira, especialista em linguagens, Clayton esteve no Brasil a negócios recentemente e falou sobre sua experiência de voo no país.

Clayton conta que desde criança sonhava em ser piloto de jato. Sua formação como engenheiro mecânico foi importante para a criação da empresa, a Forbes Rehab, que projeta equipamentos para pessoas com deficiência, incluindo distúrbios da fala.

Com o sonho de pilotar um jato Cirrus Vision, ele, junto com seu irmão, também engenheiro, trabalharam na adaptação homologada da aeronave. O apoio da Cirrus nos EUA incluiu testes finais da aeronave. O projeto de adaptação começou em dezembro de 2020 e levou dez meses.

“Escolhi o Cirrus, o Vision Jet, porque é estável, com tecnologia de bordo, engenharia simples, design bonito, com autonomia de voo e econômico. Além de comportar sete pessoas, exatamente o número de pessoas da minha família. Sempre gostei de máquinas. Eu já adaptei uma motocicleta para uso próprio e sonhava em ser piloto. Então, hoje vejo meu sonho realizado”, diz Smeltz.

Viajar ao Brasil a negócios ou visitar a família de sua esposa, que está grávida de seu quinto filho, em Brasília, é uma aventura que ele considera permeada de gentilezas e algumas falhas, como a falta de comunicação em inglês no controle aéreo dos aeroportos do interior do país ou até mesmo a dificuldade de pagar as taxas aeroportuárias com cartão de crédito.

Tecnicamente, ele sentiu uma falta de informações sobre o clima e a baixa disponibilidade de combustíveis em áreas remotas. “Mas eu não gosto de criticar, porque os brasileiros compensam essas deficiências com atendimento cordial e receptividade”, destaca.

Em finaliza comentando com emoção sobre a sensação de liberdade em seus voos sobre a Amazônia: “Eu cresci em hospitais e estou vivo pela ação de um milagre e pela graça que Deus me deu. Voar é apenas parte deste plano divino.”

Informações da Assessoria da Cirrus Aircraft

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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