Piloto entra para a mesma empresa aérea do seu irmão gêmeo e quer voar junto com ele

Algum dia, em um voo da Alaska Airlines, os passageiros poderão se ver confusos ao passar próximos da cabine de comando e ver dois pilotos tão parecidos. Mas para isso terá uma explicação, já que a companhia americana contratou um novo piloto que, por acaso, é o irmão gêmeo idêntico de outro tripulante da empresa.

“Acreditamos que Alex e Alan são nosso primeiro conjunto de pilotos gêmeos idênticos (mas quando você já existe há 90 anos, não pode ter 100% de certeza). Alan, que acabou de terminar o treinamento em simulador, ficará em São Francisco, enquanto seu irmão Alex sai de Los Angeles”, disse a Alaska Airlines em um comunicado.

Uma carreira – anos em construção

Os irmãos agradecem aos pais por seu amor pela aviação. Desde os três anos de idade, eles iam observar aviões com o pai todos os domingos depois da igreja, ainda morando no Quênia. A mãe deles também os levava em todas as viagens de negócios, quando eles ficavam entediados com tudo, exceto os voos.

Os irmãos se mudaram do Quênia para a Califórnia quando tinham 13 anos e trouxeram seu amor por aviões. Alan se lembra de sua mãe comprando o Microsoft Flight Simulator para ajudar a apoiar sua paixão. “Depois que comecei a jogar com o programa, foi isso. Eu sabia que queria fazer isso [voar] como meu trabalho”, diz Alan.

A Alaska foi a primeira escolha de Alan quando ele entendeu que havia completado seu ciclo na aviação regional. Trabalhar para a mesma empresa que seu irmão era atraente, mas ele também foi atraído pelas pessoas e pela cultura da empresa, diz ele.

“Quando eu trabalhava como abastecedor de combustível, os funcionários da Alaska – fossem pilotos ou pessoas que trabalhavam na operação – sempre eram as pessoas mais legais que me procuravam para me encorajar a ser piloto”, ​​disse Alan.

Alex, seu irmão, concorda: “A Alaska é como uma família – você não é um número”. Ele aprecia como outros funcionários, como o Comandante Rich, piloto-chefe da base de Anchorage, se lembraram dele e o encorajaram durante o processo de entrevista.

Compartilhando a cabine de comando

A Alaska Airlines comentou que, devido à complexidade da operação, não é comum que pilotos membros da mesma família possam voar juntos, mas esse é o objetivo dos irmãos.

“Nunca voamos juntos profissionalmente porque sempre estivemos em aeronaves diferentes”, disse o primeiro oficial Alex. “O objetivo é que um de nós chegue a comandante primeiro e que operemos o mesmo modelo de aeronave para que possamos voar juntos”.

Quando eles finalmente puderem voar juntos, há uma pessoa especial que eles querem levar na cabine, a sua mãe, que foi tão fundamental para promover o amor dos irmãos pela aviação, mas nunca voou com seus filhos.

“Temos que levá-la em um de nossos voos”, disse Alex.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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