Piloto faz pouso duro e causa prejuízo de R$114 milhões em avião militar

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Técnicas para realizar um bom pouso são seguidas à risca pela maioria dos aviadores, mas, por alguma razão, um piloto militar acabou não seguindo e seu pouso teve um custo milionário.

© U.S. Air Force photo/Master Sgt. Joseph Swafford

No total, foram $21 milhões de dólares (R$114 milhões na cotação atual) de prejuízo depois que um avião cargueiro militar Lockheed Martin C-130J Super Hércules da Força Aérea Americana (USAF) ficou substancialmente danificado.

Segundo o portal Military.com, o piloto estava pousando na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que é a principal base americana na Europa. O pouso acontecia como parte de um treinamento para pousar em pistas de terra / não preparadas.

Não temos todos os detalhes do exercício, mas, em algumas ocasiões, esse tipo de pouso pode ser chamado de “maximum effort landing” ou pouso de esforço máximo. Em certo momento, o piloto reduziu a potência da aeronave quando estava a 70 pés (21 metros) de altura e quando atingiu 45 pés (13 m) “tirou todo o motor”, que é o ato de colocar em potência mínima.

Retirar toda a potência muito cedo faz com que o avião perca energia muito rápido e comece a cair (aumentando a razão de descida), batendo forte no chão. E foi exatamente isso que aconteceu na Alemanha. O pouso muito duro não causou feridos, mas a aeronave teve danos consideráveis por toda asa, nos trens de pouso principais e nos motores, inclusive na carenagem de suporte que conecta os motores às asas.

Nos danos visíveis, havia amassados na parte de baixo da fuselagem, parafusos que pularam para fora, além de selantes que se descolaram.

Uma análise militar concluiu que o piloto foi o principal fator para o acidente, já que deveria ter retirado toda a potência apenas quando estava a 20 pés (6 metros de altura), e que o comandante da aeronave, que era também o instrutor, não fez nada para corrigir o aviador menos experiente.

Outro ponto levantado foi o pouco tempo de treinamento, já que o esquadrão baseado em Ramstein atende toda a USAF-AFAFRICA, que são as forças dos EUA baseadas na Europa e também na África, e acabam ficando pouco tempo parados na Alemanha.

Até onde foi divulgado, nem o piloto e nem o comandante terão que pagar os reparos e não foram punidos pelo caso.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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