Na terça-feira (7), rebeldes separatistas da Província de Papua, na Indonésia, atearam fogo a um pequeno avião e fizeram de seu piloto, um cidadão neozelandês, de refém. Os combatentes do Exército de Libertação de Papua Ocidental, da Organização de Papua Livre, cercaram o avião logo após ele pousar em Paro, em Nduga, um distrito montanhoso.
O porta-voz rebelde disse atearam fogo ao avião e capturaram o piloto Phillip Mark Mehrtens, 37, como parte de sua luta pela independência. Os cinco passageiros, incluindo uma criança, foram libertados porque são indígenas papuas. Ele afirmou que Mehrtens será mantido como refém até que a Indonésia reconheça e libere a Papua do colonialismo indonésio.
Mehrtens estava voando para a empresa de aviação indonésia Susi Air quando foi feito refém, uma empresa que realiza voos regionais em pequenos e isolados aeroportos, informou o noticiário neozelandês Stuff.
O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, confirmou que a embaixada da Nova Zelândia em Jacarta está liderando a resposta de seu país ao caso. Ele disse que o apoio consular está sendo fornecido à família e que a política é manter os comentários públicos no mínimo nível.
Os rebeldes disseram que o piloto está vivo, mas não forneceu sua localização. O grupo rebelde acusa a Nova Zelândia, juntamente com a Austrália e os Estados Unidos, de cooperarem com a Indonésia militarmente. Enquanto isso, a Organização Papua Livre continua lutando pela independência e pelo direito de autodeterminação para a província.
