
A Associação de Pilotos de Linha Aérea (APLA) da Argentina enviou uma carta-documento a Fabián Lombardo, presidente da Aerolíneas Argentinas, detalhando alegadas irregularidades na gestão da companhia.
Assinada pelo secretário-geral da APLA, Pablo Biró, a carta levanta preocupações sobre a transparência financeira e operacional da empresa estatal.
Entre as questões abordadas, a APLA aponta a não apresentação de balanços e relatórios financeiros, além da falta de clareza nas operações comerciais com as empresas LATAM e Mirgor, com as quais a Aerolíneas tem contratos de transporte de cargas para a Terra do Fogo.
A associação também critica a gestão do programa de milhas aéreas que, segundo ela, prejudica tanto os acionistas quanto os trabalhadores da empresa, informou o Aviacionline.
Embora a companhia esteja operando normalmente e alcançando altos níveis de pontualidade, o que resultou em um recorde de passageiros transportados na temporada alta, a APLA credita esse desempenho ao “compromisso dos trabalhadores”. No entanto, segundo o sindicato, Lombardo está de férias e ainda não retomou as negociações salariais.
A falta de avanços nas discussões sobre salários é outro ponto crítico citado na carta. O sindicato alega que isso impede os trabalhadores de receberem um salário “justo e equitativo” e exige que os direitos dos empregados sejam respeitados e os acordos previamente estabelecidos cumpridos.
A APLA enfatiza a necessidade de esclarecer essas questões e garantir uma gestão pautada pela transparência e pela equidade para todos os envolvidos na operação da Aerolíneas Argentinas.
Este é mais um capítulo de uma batalha com tons políticos na Argentina. Desde que assumiu a presidência, Javier Milei critica a estrutura inchada da empresa, que gera ineficiência a recorrentes perdas financeiras. Enquanto isso, o presidente trabalha para privatizar a companhia.
Leia mais: