Para evitar e desincentivar pilotos a procederem com uma espécie de sonegação fiscal, a empresa aérea KLM cortou um benefício de viagem gratuita, o “Passe Livre”.
O “Passe Livre” dá direito a qualquer tripulante voar de um aeroporto a outro na sua companhia ou congênere, de maneira gratuita, desde que esteja indo para sua base de serviço ou voltando dela. Muitas das vezes, este benefício é usado para visitar parentes e rever a família, mas uma agência do governo e o sindicato local viram que isto estava sendo usado, por alguns pilotos, de maneira inadequada.
A KLM é a companhia aérea de bandeira dos Países Baixos e um dos grandes símbolos holandeses. O pequeno país europeu tem poucos aeroportos e nenhum voo doméstico, sendo que a KLM concentra todas as suas operações a partir do Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã.
A partir do Schiphol é fácil chegar de trem a praticamente qualquer parte do país ou de países vizinhos, como Bélgica, em menos de três horas. Mas existem pilotos que moram mais distantes e usam do benefício.
Segundo o governo, pilotos com residência na Espanha e Irlanda têm se aproveitado deste benefício, mantendo sua moradia distante da Holanda e, por causa disso, apenas pagando impostos nestes países, que têm alíquotas sobre a renda menores, segundo reporta o NL Times.
Para evitar isso, foi incluída uma cláusula no novo acordo coletivo de trabalho, em que os pilotos que moram em outros países não terão esse benefício e ainda terão que pagar uma taxa fixa por mês (de valor ainda não revelado) para “compensar” a possível sonegação.
Segundo a KLM, menos de 3% dos funcionários (incluindo comissários de voo nessa conta) estão nesta condição atualmente e a medida não deverá ter impactos sérios na rotina de trabalho e nem na escala da companhia aérea.
