Pilotos desviam o avião e pousam com um passageiro a mais do que tinham na hora decolagem

Um voo da KLM ganhou repercussão na mídia holandesa em 19 de junho de 2023 quando uma de suas passageiras deu à luz em pleno ar. O voo KL-588 havia partido do Aeroporto Murtala Muhammed, em Lagos, na Nigéria, com destino ao Aeroporto Schiphol de Amsterdã.

A aeronave Boeing 777-200 tinha acabado de sobrevoar o Mar Mediterrâneo quando a passageira entrou em trabalho de parto. Para garantir a segurança de todos os passageiros, os pilotos decidiram desviar o voo para Barcelona.

“Posso confirmar que um bebê nasceu no KL 588 a caminho de Lagos para Amsterdã”, afirmou o porta-voz da KLM, Marjan Rozemeijer, à imprensa.

O bebê nasceu prematuro com a ajuda da tripulação de cabine e da equipe de emergência do Aeroporto El Prat de Barcelona. Os passageiros expressaram a sua gratidão pela forma como acompanharam a emergência. Depois da parada em Barcelona, o voo retomou o seu trajeto para Amsterdã, chegando com segurança mais de duas horas depois do previsto.

Os regulamentos de gravidez da KLM exigem que as passageiras grávidas não ultrapassem as 36 semanas de gestação. De qualquer forma, em caso de nascimentos prematuros, a tripulação da companhia aérea está preparada para a emergência, pois tem treinamento médico em primeiros socorros, bem como a capacidade de encontrar um médico a bordo ou desviar a aeronave.

A nacionalidade do bebê nascido no ar depende do país e espaço aéreo onde o voo se encontrava e da companhia aérea. De acordo com a Convenção sobre Aviação Civil Internacional de 1944, nascimentos que ocorrem em aeronaves promovem a lei de nacionalidade da aeronave.

Algumas convenções reconhecem os nascimentos em ocasiões específicas, como destacada pela Convenção das Nações Unidas de 1961 sobre a Redução da Apatridia.