A partir de novas diretrizes consideradas pelo órgão regulador da aviação civil da Índia, pilotos e comissários de voo em todo o país podem ser proibidos em breve de utilizar perfume antes de seus voos.
O motivo por trás desta possível restrição não diz respeito a possíveis desvantagens do uso da fragrância, mas sim ao teor de álcool contido dentro dela, que poderia acarretar em resultados falsos positivos nos testes de bafômetro.
Segundo relata a CNN, a Índia possui algumas das normas mais rígidas em relação ao consumo de álcool por parte da tripulação aérea, sendo que tanto pilotos quanto a equipe de cabine regularmente são submetidos a verificação por meio do bafômetro antes de assumirem seus postos.
Mesmo a menor quantidade de álcool detectada é considerada um resultado positivo, o que resultaria em uma suspensão imediata da licença por um período de três meses. No ano de 2022, 41 pilotos indianos e 116 membros da equipe de cabine tiveram suas licenças temporariamente suspensas após testarem positivo nos exames de álcool.
Em alguns casos, os tripulantes apresentaram resultados positivos pela segunda vez, resultando em uma suspensão de um ano inteiro de suas licenças.
Tais medidas têm como objetivo evitar que a tripulação atue em estado de embriaguez, mas a Direção-Geral da Aviação Civil (DGCA) recentemente propôs uma alteração em seus regulamentos que proibiria o uso de produtos de uso comum, como enxaguante bucal ou perfume com álcool.
De acordo com a DGCA, esses itens corriqueiros podem acarretar em resultados falsos positivos. A provável mudança nas normas pode vir a fechar uma brecha legal utilizada pelos membros da tripulação para evitar a suspensão de suas licenças.
