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Em uma medida às vésperas do ramadã, o mês sagrado muçulmano que começa na segunda-feira e se estende até 12 de maio, a Pakistan International Airlines (PIA) proibiu seus pilotos e comissários de voarem em jejum, por temor de que a tripulação não seja capaz de reagir adequadamente a uma situação de emergência.
Conforme publicou o jornal paquistanês Dawn, a empresa aérea emitiu um memorando interno em que dizia: “Embora seja percebido que voar em jejum é uma possibilidade, em tal caso o elemento de risco é considerável e a margem de segurança mínima. Em uma emergência com múltiplas complexidades, ações erradas e atrasadas podem resultar em consequências graves devido ao julgamento prejudicado e incapacitação. Depois de considerar todos os fatos objetivamente, fica claro que pilotar uma aeronave em jejum não é apenas arriscar sua própria vida, mas a de outras pessoas também, na aeronave e em solo”.
Nos últimos anos, as aeronaves modernas tornaram mais fácil para os viajantes continuarem jejuando, no entanto, e muitas companhias aéreas em países de maioria muçulmana fornecem caixas Iftar especiais para os passageiros assim que o sol se põe. Tradicionalmente, uma caixa Iftar contém alimentos básicos como pão árabe, tâmaras e água. Os pilotos da companhia aérea nacional do Paquistão, no entanto, foram orientados a não correr o risco de manter o jejum enquanto pilotam um avião.
Depois de um acidente trágico no ano passado, junto com outras questões de segurança, a companhia aérea nacional do Paquistão acabou proibida de voar para a Europa, Reino Unido e Estados Unidos. Uma das principais preocupações que motivou a proibição foi a revelação de que alguns pilotos conseguiram empregos na companhia aérea usando licenças falsas.