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Pilotos poderiam ter evitado que avião parasse na lama se tivessem usado mais o leme, aponta investigação

Uma investigação recente revelou que a tripulação de um Boeing 737-800 da TUI Airways, envolvido em um incidente de saída de pista no Aeroporto de Leeds-Bradford, poderia ter mantido a aeronave na pista, apesar das condições climáticas adversas, não fosse a influência de uma inesperada vibração causada no trem do nariz da aeronave.

O voo, proveniente de Corfu (Grécia), enfrentou condições tempestuosas ao tentar pousar no dia 20 de outubro do ano passado. A aproximação para a pista 14 aconteceu sob ajuda instrumentos (ILS) e com freios automáticos no máximo, onde a equipe de pilotos iniciou a manobra de pouso certificando-se de que os ventos cruzados estavam dentro dos limites operacionais.

Após aterrissar dentro da zona de toque, utilizando o sistema de freios automáticos e o empuxo reverso, surgiu um problema: ao reduzir a pressão sobre o leme, a aeronave inclinou-se para a esquerda.

O leme foi acionado de novo, mas, segundo a Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido, a amplitude total disponível não foi utilizada devido a uma vibração significativa no trem de pouso dianteiro, percebida ao aplicar o leme direito.

O desconectar do freio automático a 107 nós, interrompendo a frenagem das rodas por cerca de 8 segundos e o desengate do reverso a 86 nós reduziram o controle sobre a aeronave.

Mesmo com tentativas de correção por meio de frenagem assimétrica e uso do volante de direção, o avião saiu da pista, parando na lama. Apesar do susto, os 195 passageiros e seis tripulantes não sofreram ferimentos e os danos foram mínimos, afetando principalmente os pneus da aeronave G-TAWD.

Análises indicaram que, apesar da pista molhada, a frenagem foi eficaz, semelhante a uma ação em superfície seca. A simulação apontou que 2-3° de input contínuo no leme, aumentando para 4°, poderia ter mantido a trajetória central na pista. Contudo, a tripulação aplicou correções intermitentes, permitindo que o leme retornasse ao neutro em intervalos e levando a aeronave para fora da pista.

O relatório enfatiza que havia um significativo recurso de leme não utilizado, suficiente para evitar o desvio sem cancelar os freios automáticos e o empuxo do reversor do motor. A investigação sugeriu que a resposta do comandante à inesperada vibração do trem do nariz durante a rolagem de pouso, pode ter interrompido o processo de controle do leme.

No entanto, a razão exata pela qual o comandante não insistiu em uma correção maior, apesar do desconforto, permanece incerta.

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Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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