A American Airlines está sendo processada pela Allied Pilots Association, um sindicato que representa seus pilotos, após propor que os profissionais ajudem em sessões de treinamento em simuladores nos seus dias de folga. Segundo a entidade, a companhia aérea está violando as regras do acordo coletivo de trabalho.
O processo judicial diz respeito ao fato da empresa abrir um programa voluntário para que pilotos que não estão em treinamento ajudem, nas horas vagas, em sessões de simulador de outros pilotos.
A ajuda seria necessária em casos em que faltam pilotos para compor o quórum necessário da sessão no simulador. Isso pode acontecer por conta de um programa intensivo de treinamento que a American tem feito, num momento de rápida retomada na demanda por viagens. Com isso, há sessões de treinamento em que a empresa tem dificuldades de compor a equipe de simulador.
Normalmente, dois pilotos participam da sessão de treinamento, embora apenas um esteja em avaliação por vez. Atualmente, um piloto ausente seria substituído por um piloto checador especialmente treinado, mas a companhia aérea quer substituí-los por pilotos regulares, que poderiam se voluntariar para participar por um pagamento extra.
“À medida que a demanda continua a crescer e continuamos a contratar, precisamos expandir nossas capacidades de treinamento de pilotos para um nível historicamente sem precedentes”, disse Lyle Hogg, vice-presidente de treinamento de operações de voo, em nota aos pilotos, segundo a CNBC .
No processo, a Allied Pilots Association, que representa cerca de 14.000 pilotos, disse que estava buscando uma liminar e permanente acabar com essa prática por parte da empresa aérea.
A American Airlines defendeu a decisão em comunicado ao site Simple Flying, dizendo: “Este programa foi projetado para dar aos pilotos de linha a oportunidade de apoiar o programa de treinamento de voo, o que é bom para nossos pilotos e oferece ainda mais capacidade de treinamento para apoiar o crescimento contínuo”.
