Pilotos russos são demitidos e também impedidos de trabalhar fora do país

Foto: ITAR-TASS/Ruslan Shamukov

Um novo problema se desvela para os aviadores da Rússia, que terão dificuldades para conseguir uma recolocação na cabine de um avião fora do seu país, por conta de um novo desafio imposto pelo governo. Notadamente, mais essa situação é um novo desdobramento dos impactos gerados pela invasão da Ucrânia na aviação russa.

Com as sanções ocidentais apertando fortemente a aviação da Rússia, várias empresas só têm operado voos domésticos, enquanto outras exploram rotas internacionais, mas apenas para países que não fecharam os céus para os aviões registrados no país governado por Vladimir Putin. Mesmo assim, em outra limitação, aviões de propriedade ocidental correm o risco de serem apreendidos, a depender de onde aterrissam.

A redução do número de voos e passageiros tem obrigado algumas empresas a demitir seus pilotos, que agora não podem ter a possibilidade de trabalhar no exterior, mesmo que empresas de fora queiram contratá-los. Segundo reporta o MoscowTimes, a agência de aviação local, a Rosaviatsia, tem negado a verificação de licenças pedidas por empresas aéreas estrangeiras, como parte do processo de contratação.

As denúncias são que a Rosaviatsia simplesmente ignora os pedidos, ou rejeita, citando questões de privacidade. Sindicatos locais afirmam que mais de 600 pedidos de verificação foram feitos desde março, mas só 100 foram atendidos e os pilotos empregados no exterior.

A maioria das empresas estrangeiras interessadas em pilotos russos são da Turquia, Tailândia, Malásia, Vietnã e Camboja. A retenção de pilotos estaria ligada ao plano de Putin de manter a aviação russa ativa, com muitos voos, e futuramente com uma frota majoritariamente nacional.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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