Pilotos russos teriam mentido ao controlador de voo antes de violar o espaço aéreo canadense

Foto: Airbus

Em um tuíte publicado na noite de domingo (27), o regulador do aviação canadense – Transport Canada – informou que o voo SU-111, da russa Aeroflot, violou inadvertidamente as restrições do espaço aéreo do Canadá. O voo teve origem em Miami e cruzou pelo espaço aéreo canadense por cinco horas após a implementação das restrições. Como resultado, a Transport Canada diz que fará uma investigação e que está tomando medidas para garantir que isso não aconteça novamente.

Um porta-voz da canadense, NAVCAN, responsável pelo controle de tráfego aéreo no país, confirmou à Reuters que o avião da Aeroflot entrou no espaço aéreo canadense sob a justificativa de tratar-se de um voo humanitário e que, por isso, demandava tratamento especial. No entanto, concluiu-se tratar do voo regular tradicional entre Miami e Moscou, operado com jatos Airbus A350-900, e que não demandariam tratamento especial algum.

O espaço aéreo canadense está fechado para aeronaves russas desde 27 de fevereiro, como parte de um pacote de sanções contra o governo russo pela invasão na Ucrânia. Se não tivesse mentido, ou sua história não tivesse sido aceita pelos canadenses, os pilotos russos teriam que fazer meia-volta e retornar aos EUA.

O Ministro dos Transportes, Omar Alghabra, disse: “Todo o Canadá está unido em sua indignação pela agressão do presidente Putin contra a Ucrânia. Em resposta, fechamos o espaço aéreo canadense para aeronaves de propriedade ou operadas por russos. O governo do Canadá condena as ações agressivas da Rússia e continuaremos a agir para apoiar a Ucrânia”.

Imagem: RadarBox
Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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