Companhia aérea estreante dos dirigíveis modernos detalha em que tipos de rotas vai usá-los

Os dirigíveis estão longe de ser uma novidade na aviação, mas sua exploração comercial em larga escala por empresas aéreas da era atual sim. Nesse rol está a Air Nostrum, uma companhia aérea regional espanhola que está apostando nessa nova modalidade de viagem para abrir novos mercados. Nesta semana, a companhia detalhou um pouco mais os planos para esse novo empreendimento.

Para a empresa, o segredo está nos voos de curta distância para destinos pouso acessíveis por outros meios de transporte, que não tenham serviços atualmente ou sejam desprovidos de aeroportos. A Air Nostrum entende que, mesmo a Europa sendo altamente conectada por voos e ter uma grande quantidade de aeroportos, ainda há espaço para as viagens a bordo dos seus futuros Airlander 10. Alguns dos trechos seriam bem curtos, como tendo apenas 200 km, e a média de distância seria de 500 km.

“Nós voamos em aeronaves entre 50 e 100 assentos. O Airlander 10 pode acomodar 100 passageiros, então se encaixa perfeitamente”, disse o vice-presidente da Air Nostrum, Miguel Angel Falcon, ao Routes Online. “Poderíamos considerar voar para uma cidade com um porto em vez de um aeródromo. Abre muitas oportunidades”.

O dirigível Airlander 10 encomendado pela Air Nostrum deve entrar em serviço em 2026. A fabricante britânica Hybrid Air Vehicle (HAV) diz que quatro motores elétricos impulsionarão até 100 passageiros a 140 quilômetros por hora. O hélio encherá a superestrutura. A HAV acrescenta que os dirigíveis oferecerão flexibilidade operacional e emissões menores do que as aeronaves convencionais que voam com o mesmo número de passageiros.

Em junho , a Air Nostrum assinou uma carta de intenção para adquirir dez aeronaves Airlander 10.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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