Questionamentos foram levantados nos EUA, na semana passada, após vir à tona que um político tentou embarcar armado num voo e não ter recebido nenhuma punição (ex. multa) por isso.
O caso a seguir aconteceu no Aeroporto Regional de Asheville, na Carolina do Norte, em fevereiro, mas apenas tornou-se conhecido agora. A situação envolve Madison Cawthorn, representante legislativo do Partido Republicano, que iria embarcar, mas acabou esquecendo a sua arma na bolsa.
Embora a posse e porte de armas sejam garantidas pela constituição americana, quando em viagens aéreas o equipamento deve ser despachado. A única exceção a essa regra aplica-se a uma seleta lista de agentes públicos treinados para intervir nos voo.
A simples tentativa de embarcar portando uma arma pode ser considerada um crime na maioria dos estados americanos, mas Cawthorn teve uma ‘ajudinha’ da segurança do aeroporto, que pediu para que ele simplesmente levasse a arma para o carro, guardando-a ou até voltando ao balcão para despachar a mesma.
Embora, à primeira vista, essa possa parecer uma decisão sensata da segurança, o desdobramento dessa situação causou surpresa. Tudo porque o voo do político estava próximo de ter o embarque encerrado. Segundo o site One Mile At a Time, o portão fecharia numa questão de sete minutos.
Para que o político não perdesse o voo, os seguranças do aeroporto ofereceram-se para guardar a arma de Madison, que aceitou a generosa proposta. Assim, ele pegou de volta sua arma quando voltou de sua viagem, sem nenhum outro problema.
Tudo isso aconteceu em fevereiro mas só se tornou público agora através da lei de acesso à informação dos EUA. O político não foi punido e sua pistola Glock 9 mm está em sua posse normalmente.
Muitos detentores de armas questionaram o tratamento diferenciado ao político, supostamente por causa do seu cargo, enquanto outros comentários apontaram que a facilitação se deu pelo fato de Madison ser cadeirante, o que complicaria o deslocamento. De qualquer forma, tratou-se de um caso que foge ao padrão observado ao longo dos meses em casos de detecção de armas na segurança do aeroporto.
Madison perdeu os movimentos das pernas após um acidente de carro em 2014. O representante não se pronunciou sobre o assunto.
