Em meio a intensas negociações, a Polônia e a OTAN estão discutindo a possível transferência de caças MiG-29 para as forças armadas da Ucrânia. Este movimento está sendo considerado no contexto de apoio militar contínuo ao país, em um cenário de segurança complexa na região.
Durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, destacou o engajamento em discussões com a liderança militar da aliança sobre o tema.
Apesar disso, o ministro da Defesa polonês, Władysław Kosiniak-Kamysh, afirmou que atualmente não há planos imediatos para incluir esses caças nos pacotes de ajuda militar em preparação para Kiev.
Anteriormente, o presidente polonês Andrzej Duda havia indicado que a transferência dos MiG-29 prometidos à Ucrânia dependeria de garantias específicas de proteção do espaço aéreo polonês oriundas da OTAN. Essas condições foram reiteradas durante conversas com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte.
Em um comunicado anterior, datado de 8 de julho, o escritório do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky informou que, no âmbito de um acordo de cooperação de longo prazo em defesa e segurança assinado no mesmo dia, a Polônia se comprometeu a considerar a possibilidade de transferir pelo menos um esquadrão adicional de MiG-29 para a Ucrânia.
No entanto, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, enfatizou que tal transferência requereria o apoio dos aliados da OTAN.
Estas negociações refletem o delicado equilíbrio entre oferecer suporte militar à Ucrânia e manter a segurança e o preparo defensivo dos países membros da OTAN, especialmente os que fazem fronteira com a Rússia. O resultado dessas discussões poderá ter implicações significativas para a dinâmica de poder e segurança na Europa Oriental.