
A Air India, pertencente ao Grupo Tata, foi multada pela Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia após um piloto operar um voo sem cumprir os requisitos de segurança obrigatórios. A ordem, emitida em 29 de janeiro, criticou o sistema de escalas da empresa, que permitiu essa grave violação de segurança.
De acordo com a mídia indiana, a investigação revelou que, em 7 de julho do ano passado, o primeiro oficial realizou um voo sem completar as três decolagens e pousos necessários para manter a sua certificação operacional. Comunicações internas da Air India, datadas de 12 de julho, indicaram que os controladores de escalas ignoraram múltiplos alertas do sistema sobre o problema de conformidade.
Como parte da penalidade, o DGCA ordenou que a Air India tomasse medidas disciplinares contra três altos oficiais do departamento de escalas, devendo reportar essas ações ao regulador em um prazo de 15 dias. A medida foi tomada após a companhia apresentar uma resposta insatisfatória a um aviso de justificação emitido em 13 de dezembro.
Esta ação do regulador demonstra um compromisso firme em manter padrões de segurança rigorosos na aviação indiana. A Air India deve efetuar o pagamento da multa dentro de 30 dias após a emissão da ordem, o que marca uma das penalidades significativas impostas à companhia por violações de segurança operacional.
A penalidade de janeiro não é um caso isolado. Em agosto de 2024, o DGCA já havia imposto uma multa à Air India por operar um voo de Mumbai a Riyadh com uma tripulação não qualificada. Uma divulgação voluntária da Air India revelou a designação de um piloto júnior não autorizado ao lado de um capitão não instrutor, classificando o incidente como uma ameaça séria à segurança do voo.
O regulador também aplicou penalidades à liderança sênior da companhia, multando o Diretor de Operações e o Diretor de Segurança de Voo. Em um caso anterior, o Diretor de Treinamento da Air India, Manish Vasavada, foi suspenso por seis meses devido a questões semelhantes.