Por estar fedendo, empresa é obrigada a deixar avião A330neo parado por 17 dias

A Aircalin, empresa com sede em Noumea, na Nova Caledônia, foi obrigada a aterrar um de seus novos A330-900 por vários dias. A parada do avião, que tem apenas um mês de uso, não aconteceu por qualquer falha mecânica, mas por causa de um cheiro desagradável que ocorre durante os precedimentos de decolagem ou pouso, de acordo com relatório do jornal The Nouvelles Caledoniennes.

A aeronave em questão é o segundo dos dois A330neo em operação. Ele tem matrícula F-ONET (msn 1938) e foi entregue em 1 de outubro, mas não voou sequer um mês, sendo parado em 29 de outubro, quando chegou de um voo procedente de Sydney. De acordo com dados do Flightradar24, a aeronave reiniciou os voos regulares no dia 17 de novembro, ligando Noumea a Christchurch, na Nova Zelândia.

Voo de retorno à operação

Cheirinho de não sei o quê

A aeronave passou por uma inspeção completa após relatos de membros da tripulação e passageiros, de que havia um forte cheiro de óleo a bordo. Houve quem também se queixasse de dores de cabeça e olhos irritados. Engenheiros da Airbus e da Rolls-Royce, a fabricante do motor, trabalharam com a transportadora para identificar e resolver o problema. O resultado final da análise ainda não foi divulgado.

Felizmente, a companhia aérea conseguiu cobrir suas rotas utilizando seus dois A320-200 e reativando o A330-200 F-OJSE (msn 510) anteriormente aposentado.

Esta não é a primeira vez que um A330-900 causa um fedor, com a TAP Air Portugal a sofrer de um problema semelhante no início deste ano com a sua frota de aeronaves desse modelo. Aparentemente, em Portugal o problema também foi corrigido, pois os aviões continuam operando e não se falou mais nisso.

Com 25 assentos a mais que o antecessor, o A330neo da Air Calin leva até 26 passageiros na executiva, 244 na econômica e inagura a econômica premium na companhia, com 21 assentos. O avião será utilizado para conectar o arquipélago francês da Oceania com o Japão e Austrália enquanto consome 25% a menos por assento quando comparado aos atuais A330-200.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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