Por falta de aviões 787, Air Canada voltará a ter Boeings 767 de passageiros

Um velho conhecido dos passageiros brasileiros que vão ao Canadá estará de volta em operação: a Air Canada está reativando o Boeing 767.

A companhia aérea canadense divulgou o seu novo plano de frota durante a sua apresentação de resultados do 3º trimestre de 2024, e um detalhe chamou a atenção da comunidade aeronáutica.

A Air Canada listou que em 2025 receberá 21 aeronaves, sendo 9 do modelo A220 fabricado localmente (antigo Bombardier CSeries), 7 do Boeing 737 MAX 8, 2 jatos Airbus A321XLR e um Boeing 787-9 Dreamliner. Todas estas 19 aeronaves são novas de fábrica, ao contrário das 2 restantes: são aviões 767-300ER usados.

Em 2020, durante a Pandemia, a Air Canada decidiu aposentar todos os seus 767 do serviço de passageiros, e no ano seguinte reativou seis unidades, mas as converteu para o serviço cargueiro. Porém, dois aviões ficaram ainda estocados, sem serem convertidos ou repassados para outro operador.

De matrículas C-FOCA e C-GLCA, os jatos têm 34 anos de idade e ficaram desde a pandemia estocados em aeroportos remotos tanto no Canadá como nos Estados Unidos.

É esperado que estes dois 767-300ER sejam reativados para servir de “tampão” até que a Boeing entregue mais aviões 787 Dreamliner para a Air Canada. A empresa aérea ainda tem 19 unidades pendentes de entrega, sendo uma da versão 787-9, que chegará no próximo ano, e 18 unidades do maior 787-10, que ficarão prontas entre 2026 e 2029.

Estes jatos já deveriam estar operando na empresa, mas a fabricante americana tem atrasado de maneira repetitiva a entrega dos Dreamliners, mesmo que a fábrica do modelo, na Carolina do Sul, não esteja paralisada pela greve.

Até o momento, não está claro quando exatamente o 767 reiniciará os voos e nem as rotas utilizadas. Vale lembrar que no passado a Air Canada já utilizou esta aeronave nos voos de Toronto para São Paulo (Guarulhos), sendo substituído pelos maiores e mais modernos 777 e 787.