“A China está pronta para fornecer componentes para aeronaves para companhias aéreas russas”, disse o embaixador chinês em Moscou, Zhang Hanhui, à agência estatal de notícias TASS. A informação chega após os chineses tomarem duas decisões importantes acerca da aviação russa. A primeira medida, logo após o início da guerra, foi se recusar a entregar as peças por receio de sanções ocidentais; e a segunda foi fechar o espaço aéreo aos aviões russos re-nacionalizados, por temer sobre a segurança das aeronaves.
“Estamos prontos para fornecer componentes para a Rússia, estamos organizando essa cooperação”, disse ele. “As companhias aéreas estão atualmente abordando isso, têm certos canais, não há restrições do lado chinês”, acrescentou o diplomata. Apesar da fala, não foram dados detalhes sobre como a China ultrapassará as sanções americanas e europeias, lembrando que, quem negociar com empresas sancionadas, fica impedido de realizar negócios com os países mais desenvolvidos do mundo.
Em 26 de fevereiro, a União Europeia proibiu a venda e fornecimento, incluindo leasing, de aeronaves e componentes para transportadoras aéreas russas, bem como a prestação de quaisquer serviços de seguro e resseguro para suas aeronaves, bem como reparos, tudo isso vinculado à situação da invasão russa na Ucrânia.
As autoridades russas reagiram tomando várias medidas, principalmente permitindo que as transportadoras locais continuassem a explorar aeronaves arrendadas ou alugadas de empresas estrangeiras, nacionalizando-as e colocando-as no registro russo, à despeito de opiniões contrárias do ocidente. As práticas russas também ferem tratados internacionais, dos quais ela é signatária e podem representar risco extra para a operação de tais aeronaves.