O Aeroporto de Maastricht – Aachen apresentou uma proposta para não permitir mais aeronaves dos tipos Boeing 747-200 e McDonnell Douglas MD-11 a partir de 1º de abril de 2023. O aeroporto também quer cobrar uma sobretaxa de 100% no pouso de aeronaves Boeing 747-400.
Como explica o Aviacionline, a administração do aeroporto visa a eliminação acelerada de ambos os tipos de aeronaves de suas operações que, segundo os moradores ouvidos numa pesquisa, são as que mais incomodam. A pesquisa com os vizinhos foi feita no início de setembro de 2022 e os dados foram analisados e comparados com outros estudos.
Constatações
Os resultados das entrevistas mostraram que as aeronaves de carga em geral causaram o maior incômodo sonoro entre os entrevistados. Especificamente, isso diz respeito à série Boeing 747 (-200 / -400 / -8F), complementada pelo Boeing 777.
Emergiu das discussões que o Boeing 747-8F causa incômodos devido a ruídos e vibrações, e o 747-200 e 747-400 causam principalmente ruído durante a decolagem. Aeronaves de carga em geral causam incômodo em relação ao ruído, voo baixo e a criação de vórtices.
Medidas
Com base nessas constatações, a administração do Aeroporto de Maastricht – Aachen elaborou a seguinte proposta para acelerar a eliminação dos tipos de aeronaves que causam mais incômodo:
– A partir de 1º de abril de 2023, voos com Boeing 747-200 e MD11 não são mais permitidos no aeroporto.
– Com efeito a partir do novo Decreto Aeroportuário, o aeroporto desencoraja a chegada de aeronaves do tipo Boeing 747-400 cobrando-lhes um aumento de tarifa de pouso de pelo menos 100%.
– A partir de 2030, o Boeing 747-400 não é mais permitido no aeroporto de Maastricht Aachen.
Estas medidas substituem as medidas de desincentivo já introduzidas em anos anteriores. A partir de abril de 2019, uma sobretaxa de aproximadamente 35% passou a ser aplicada às aeronaves das categorias mais ruidosas, e em 2021 foi adicionada uma sobretaxa por decolagem e pouso para, entre outros, o Boeing 747-200.
Desde a introdução da sobretaxa em 2019, o número de movimentos de voo com esses tipos de aeronaves caiu quase pela metade em comparação com 2018.