Por “jogo limpo”, aéreas dos EUA pedem que asiáticas não voem pela Rússia

As empresas aéreas dos EUA têm levado ao Congresso e à justiça um problema que dizem afetar a “concorrência leal” envolvendo voos de companhias chinesas na Rússia.

Desde o início da invasão russa na Ucrânia, os países ocidentais têm boicotado a Rússia com sanções, inclusive impedindo o uso de seu espaço aéreo por aviões russos. Essa medida foi retaliada pela Rússia, que também proibiu o sobrevoo de empresas aéreas ocidentais, obrigando-as a dar grandes voltas para chegarem a destinos na Ásia.

No entanto, as empresas asiáticas, principalmente da China e Oriente Médio, continuam a manter relações diplomáticas com a Rússia e os aviões destas passam pelo espaço aéreo russo a caminho dos EUA, numa rota bem mais curta do que as empresas aéreas americanas estão tendo que fazer.

Por conta disso, as empresas pressionam congressistas americanos e ao menos dois senadores, um de cada partido (Republicano e Democrata) já teriam aceitar levar a questão ao Departamento de Transportes (DOT) para exigir que as empresas que voem para os EUA não sobrevoem a Rússia, independente da nacionalidade da aeronave.

O New York Times divulgou que a Airlines 4 America (A4A), principal sindicato das empresas aéreas dos EUA, está estimando uma perda da ordem de $2 bilhões de dólares em fatia de mercado, já que os passageiros têm preferido os voos mais curtos e baratos das empresas asiáticas.

O plano é que, para que a empresa seja autorizada a voar pelos EUA, ela deva cumprir os mesmo requisitos que as empresas americanas de sobrevoo. Isto, porém, pode causar uma batalha jurídica e diplomática, inclusive aumentando as tensões entre Pequim e Washington.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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