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Pouco voado e rejeitado, um dos primeiros jatos E2 é devolvido à Embraer

Apesar de pouquíssimo voado e sendo um avião praticamente novo, um Embraer E190-E2 está sendo devolvido ao Brasil nesta semana.

Imagem: Embraer

O jato em questão voou pela escandinava Widerøe, mas originalmente iria para a chinesa Fuzhou Airlines, subsidiária do grupo HNA que passa até hoje por uma forte crise e acabou desistindo dos aviões brasileiros de nova geração.

Sem um dono fixo, o E190-E2 de número de série 19020015, fabricado em 2019, teria sido oferecido à Air Astana, que não aceitou a aeronave e hoje está ‘brigada’ com a Embraer.

Finalmente, em junho de 2019 o jato foi para a Widerøe com a matrícula LN-WEX, sendo o quarto jato da empresa. No entanto, a companhia tinha encomendado apenas três jatos E190-E2, sendo esse avião extra um suporte à frota durante o verão daquele ano. Lembrando que a Widerøe também possui 12 opções de compra para E190, mas nunca as exerceu.

Sendo assim, tão logo o verão acabou, a Widerøe deu um ponto final à vida do E190 E2 que estava sobrando e o devolveu à Embraer em novembro de 2019. Desde então o avião ficou estocado em Alverca, nas instalações da OGMA (subsidiária da Embraer em Portugal), e depois foi para os EUA, na cidade de Nashville, capital do Tennessee.

Nesta semana, porém, o jato saiu do sul dos EUA para voltar ao Brasil, passando pela Flórida (Fort Lauderdale) e chegou em Manaus, de onde seguiu esta noite para São José dos Campos, seu local de nascimento, como mostra os dados do RadarBox.

O avião está com a matrícula 9H-AHY, sendo o prefixo “9H” de Malta, país bastante utilizado pelos lessores (donos da aeronave que alugam os aviões para as empresas) por motivos tributários. O motivo do retorno do jato ao Brasil não está claro, mas pode apontar para um futuro novo operador.

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