Pousos e decolagens de helicópteros em Belo Horizonte são tema de audiência pública

Imagem: D. Miller / CC BY 2.0 (https://creativecommons.org/licenses/by/2.0), via Wikimedia Commons

O pouso e a decolagem de helicópteros em Belo Horizonte será tema de discussão em audiência pública nesta terça-feira (5), às 13h40, na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Promovida pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, a pedido do vereador Léo (União), a audiência será a oportunidade de debater as dificuldades e reivindicações relativas ao serviço na capital mineira. A população interessada pode participar enviando perguntas e/ou sugestões por meio de formulário.

Segundo dados da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero (Abraphe), levantamento feito em 2013 mostra que BH teve um aumento do número de helicópteros maior que o brasileiro. Enquanto no Brasil esse incremento era de 20%, a capital mineira ostentava 30% de crescimento. Naquele mesmo ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) mostrava que 58 helicópteros faziam cerca de 50 pousos e decolagens por dia em Belo Horizonte.

Naquele período, o setor já movimentava R$ 50 milhões. Um aumento de quase 100% no número de helicópteros levou a Abraphe a reivindicar que rotas especiais para esse tipo de aeronave fossem criadas no espaço aéreo de Belo Horizonte. 

De maneira similar ao que ocorre em São Paulo e Rio de Janeiro, a Associação propôs usar avenidas e rodovias de BH como referência para os corredores nas alturas, organizando o tráfego e tornando as viagens mais seguras. Avenidas como Antônio Carlos, Cristiano Machado e Contorno seriam utilizadas como rotas. 

Belo Horizonte tem dois grandes polos de táxi-aéreo. O Aeroporto da Pampulha é um deles e possui em sua estrutura hangares e centros de operações de conceituadas empresas de táxi-aéreo brasileiras.

A outra opção da cidade é o Aeroporto Internacional de Confins, que conecta passageiros para rotas além das fronteiras brasileiras, operando para destinos como Buenos Aires, na Argentina, Cidade do Panamá, no Panamá, Lisboa, em Portugal e Orlando, nos Estados Unidos.

Outro aeroporto que opera pousos de helicópteros é o Carlos Prates, que atualmente se reserva a voos de instrução e está a menos de 10 quilômetros do centro de Belo Horizonte. A capital mineira também tem empresas do setor que funcionam fora dos aeroportos mencionados, oferecendo, além do transporte, serviços como sala VIP, sala de reunião, sala de pilotos, espaço gourmet  e estacionamento privativo.

Especialistas no setor apontam para a falta de helipontos e de vagas nos hangares. A rapidez e praticidade do veículo poderia ser mais bem aproveitada se houvesse mais estruturas de pouso e decolagem em prédios, o que permitiria que clientes e usuários fossem de casa ao trabalho, o que não combina com os pontos de decolagem nos aeroportos. 

Os convidados sugeridos para a audiência são o secretário Municipal de Meio Ambiente, Mário de Lacerda Werneck Neto, o subsecretário de Operações Institucionais, Guilherme Lana Pimenta, a diretora da UMA Gestão de Projetos, Cynthia Silveira Pimentel Fraga Andrade, e o gerente de Licenciamento da PHV Engenharia, Hélcio Neves.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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