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Pratt & Whitney enfrenta crise com dezenas de aviões parados por problemas nos motores

Uma tempestade está em cima da fabricante de motores americana Pratt & Whitney, com críticas e processos judiciais por problemas nos motores que deixam dezenas de aviões parados.

Motor PW P&W GTF PW1100G

A crítica mais recente veio da airBaltic, que afirmou que precisará de alugar mais 8 aviões de outras empresas para cobrir o “rombo” deixado pelos seus Airbus A220 que estão parados por falta de peças de reposição para os motores.

O problema em si não reside na falta de motor, mas sim de motores que funcionem e que tenham peças disponíveis, algo que não tem acontecido na família PW1000G, que equipa os jatos das famílias Airbus A220, A320neo e Embraer E2.

Estes três grupos de aeronave são mais do que a maioria dos novos aviões encomendados hoje no mercado e transportam o “grosso” dos passageiros, já que fazem rotas domésticas e regionais. Enquanto para o A320neo ainda existe a opção do motor concorrente CFM LEAP, no A220 e E2 não existe e os problemas tem afetado bastante alguns operadores.

A holandesa KLM Cityhopper tem hoje 6 aviões E195-E2 parados em Amsterdã por falta de motor e peças para os motores. A indiana IndiGo afirmou que 37 aviões A320neo e A321neo estão parados pelo mesmo problema. Já a concorrente GoFirst está com quase metade da frota parada por problemas com os motores PW e anunciou que irá processar a fabricante do motor, algo que deverá ser seguido pela Turkish Airlines, Spirit Airlines, Air Tanzania e Air Senegal.

No Brasil, os operadores de motores PW1000 são a Azul com o E195-E2 e a LATAM com o A320neo, mas os lotes defeituosos não chegaram a equipar os jatos que voam no Brasil.

A P&W por sua vez afirma que a situação deve começar a ser normalizada até meio do ano, e que a empresa tem sofrido também com os problemas na cadeia global de suprimentos.

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