Início Mercado

Preços das passagens aéreas devem disparar em 2022 nos EUA

Imagem: Curimedia Photography / CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

A consultoria de viagens Hopper divulgou no relatório anual Consumer Airfare Index que os preços das viagens aéreas nos Estados Unidos devem subir exponencialmente ao longo de 2022. A expectativa é que os valores pagos para voar ultrapassem os patamares anteriores à pandemia de COVID-19, quando a crise mundial da aviação quase paralisou o transporte pelo ar.

De acordo com o documento, publicado neste mês, a média dos preços para viagens domésticas no país em janeiro segue em baixa, na faixa dos US$ 234. A expectativa do mercado, contudo, é que os valores subam até junho, quando devem estabilizar em US$ 315, em média, ida e volta.  Os maiores aumentos devem ocorrer em março, com início da primavera do hemisfério norte, e abril, quando devem ser atingidos os preços médios praticados em 2019.

Já em relação às viagens internacionais, o crescimento médio dos preços deve ser 5% por mês no primeiro semestre e chegar US$ 830. Novamente, os maiores aumentos são esperados a partir de março. O setor aéreo norte-americano espera que a aviação se recupere totalmente dos impactos da variante ômicron no início do segundo trimestre.

Culpados

O aquecimento do mercado não é o único motivo para a disparada de preços. O custo do combustível de aviação aumentou 60% em 2021 e não há previsão de recuo significativo no curto prazo. O insumo básico é responsável por quase um terço de todos os gastos para manter um avião no ar.

As aeronaves seguem com ocupação menor do que o desejado para equilibrar as despesas operacionais. A ocupação dos 2,1 milhões de assentos domésticos disponíveis em janeiro deste ano permanece 16% menor em relação ao mesmo mês de 2019.

Já a utilização dos 308.000 assentos a venda para voos internacionais de saída dos EUA caiu 28% em comparação com o primeiro mês de 2019. Dessa forma, as companhias vão aproveitar o aumento da vontade de voar para cobrir um pouco do rombo financeiro causado pela pandemia.

Sair da versão mobile